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Contribuição da fixação biológica de nitrogênio, fertilizante nitrogenado e nitrogênio do solo no desenvolvimento de feijão e caupi

Contribuition of nitrogen from biological nitrogen fixation, nitrogen fertilizer and soil nitrogen on the growth of the common bean and cowpea

Resumos

A fixação biológica do nitrogênio (FBN) constitui-se em uma valiosa fonte deste nutriente para o feijão comum e, sobretudo, para o feijão-caupi, tendo sua magnitude influenciada pela disponibilidade de N mineral na solução do solo. Os objetivos deste trabalho foram: avaliar os efeitos de doses de nitrogênio, na forma de uréia, sobre a fixação simbiótica de N2 em feijão comum e caupi, pela técnica isotópica, e quantificar as contribuições relativas das fontes N2-fixação simbiótica, N-solo e N-uréia no desenvolvimento do feijão comum e caupi, usando como controle a soja não nodulante. O estudo foi desenvolvido em casa de vegetação, utilizando-se vasos com 5 kg de terra, coletada de Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico. O delineamento experimental foi em blocos casualizados em esquema fatorial 5x3x2 e três repetições. Os tratamentos compreenderam cinco doses de N, na forma de uréia: 2, 15, 30, 45 e 60 mg kg-1 de N; três épocas de amostragens de plantas: 23, 40 e 76 dias após a semeadura (DAS) e duas culturas: feijão comum e feijão caupi. A FBN decresceu com o incremento da dose de N, variando de 81,5% a 55,6% para o caupi e de 71,9% a 55,1% para o feijão comum. A FBN em caupi submetido à inoculação pode substituir totalmente a adubação nitrogenada, inclusive a dose de arranque. A absorção do N do solo não é influenciada pela dose de fertilizante nitrogenado. O aproveitamento do N do fertilizante, aos 76 DAS, foi, em média, de 60,7% pelo feijão comum e 57,1% pelo caupi. O feijão comum necessita de dose de arranque (40 kg ha-1 de N) para a obtenção de produtividade economicamente aceitável.

Vigna unguiculata; Phaseolus vulgaris; 15N; leguminosa; dose de nitrogênio


Biological nitrogen fixation (BNF) constitutes a valuable source of this nutrient for the common bean Phaseolus vulgaris L. and cowpea Vigna unguiculata (L.) Walp., being its avaibility affected by mineral N in the soil solution. The objectives of this work were to evaluate the effects of nitrogen rate, as urea, on symbiotic fixation of N2 in common bean and cowpea plants, using the isotopic technique, and quantifying the relative contributions of N sources symbiotic N2 fixation, soil native nitrogen and urea N on the growth of the common bean and cowpea. Non nodulating soybean plants were used as standard. The research was carried out in greenhouse, using pots with 5 kg of soil from a Typic Haplustox (Dystrophic Red Yellow Latosol). The experimental design was completely randomized blocks, with 30 treatments and three replications, arranged in 5x3x2 factorial outline. The treatments consisted of five N rates: 2, 15, 30, 45 and 60 mg N kg-1 soil; three sampling times: 23, 40 and 76 days after sowing (DAS) and two crops: common bean and cowpea. The BNF decreased with increase N rates, varying from 81.5% to 55.6% for cowpea, and from 71.9% to 55.1% for common bean. The symbiotic N2 fixation in cowpea can substitute totally the nitrogen fertilization. The nitrogen absorption from soil is not affected by nitrogen fertilizer rate. The N recovery from fertilizer at 76 DAS was of 60.7% by common bean, and 57.1% by cowpea. The symbiotic association in common bean needs the application of a starting dose (40 kg N ha-1) for economically acceptable yields.

Vigna unguiculata; Phaseolus vulgaris; nitrogen-15; legume; N rate


SOLOS E NUTRIÇÃO DE PLANTAS

ARTIGO

Contribuição da fixação biológica de nitrogênio, fertilizante nitrogenado e nitrogênio do solo no desenvolvimento de feijão e caupi

Contribuition of nitrogen from biological nitrogen fixation, nitrogen fertilizer and soil nitrogen on the growth of the common bean and cowpea

Marciano de Medeiros Pereira BritoI; Takashi MuraokaII; Edson Cabral da SilvaII,* * Autor correspondente.

ICentro de Energia Nuclear na Agricultura, Universidade de São Paulo (CENA/USP), Divisão de Produtividade Agroindustrial e Alimentos, Caixa Postal 96, 13416-000 Piracicaba (SP). E-mail: marcianobrito@hotmail.com; muraoka@cena.usp.br; ecsilva@cena.usp.br

RESUMO

A fixação biológica do nitrogênio (FBN) constitui-se em uma valiosa fonte deste nutriente para o feijão comum e, sobretudo, para o feijão-caupi, tendo sua magnitude influenciada pela disponibilidade de N mineral na solução do solo. Os objetivos deste trabalho foram: avaliar os efeitos de doses de nitrogênio, na forma de uréia, sobre a fixação simbiótica de N2 em feijão comum e caupi, pela técnica isotópica, e quantificar as contribuições relativas das fontes N2-fixação simbiótica, N-solo e N-uréia no desenvolvimento do feijão comum e caupi, usando como controle a soja não nodulante. O estudo foi desenvolvido em casa de vegetação, utilizando-se vasos com 5 kg de terra, coletada de Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico. O delineamento experimental foi em blocos casualizados em esquema fatorial 5x3x2 e três repetições. Os tratamentos compreenderam cinco doses de N, na forma de uréia: 2, 15, 30, 45 e 60 mg kg-1 de N; três épocas de amostragens de plantas: 23, 40 e 76 dias após a semeadura (DAS) e duas culturas: feijão comum e feijão caupi. A FBN decresceu com o incremento da dose de N, variando de 81,5% a 55,6% para o caupi e de 71,9% a 55,1% para o feijão comum. A FBN em caupi submetido à inoculação pode substituir totalmente a adubação nitrogenada, inclusive a dose de arranque. A absorção do N do solo não é influenciada pela dose de fertilizante nitrogenado. O aproveitamento do N do fertilizante, aos 76 DAS, foi, em média, de 60,7% pelo feijão comum e 57,1% pelo caupi. O feijão comum necessita de dose de arranque (40 kg ha-1 de N) para a obtenção de produtividade economicamente aceitável.

Palavras-chave:Vigna unguiculata, Phaseolus vulgaris,15N, leguminosa, dose de nitrogênio.

ABSTRACT

Biological nitrogen fixation (BNF) constitutes a valuable source of this nutrient for the common bean Phaseolus vulgaris L. and cowpea Vigna unguiculata (L.) Walp., being its avaibility affected by mineral N in the soil solution. The objectives of this work were to evaluate the effects of nitrogen rate, as urea, on symbiotic fixation of N2 in common bean and cowpea plants, using the isotopic technique, and quantifying the relative contributions of N sources symbiotic N2 fixation, soil native nitrogen and urea N on the growth of the common bean and cowpea. Non nodulating soybean plants were used as standard. The research was carried out in greenhouse, using pots with 5 kg of soil from a Typic Haplustox (Dystrophic Red Yellow Latosol). The experimental design was completely randomized blocks, with 30 treatments and three replications, arranged in 5x3x2 factorial outline. The treatments consisted of five N rates: 2, 15, 30, 45 and 60 mg N kg-1 soil; three sampling times: 23, 40 and 76 days after sowing (DAS) and two crops: common bean and cowpea. The BNF decreased with increase N rates, varying from 81.5% to 55.6% for cowpea, and from 71.9% to 55.1% for common bean. The symbiotic N2 fixation in cowpea can substitute totally the nitrogen fertilization. The nitrogen absorption from soil is not affected by nitrogen fertilizer rate. The N recovery from fertilizer at 76 DAS was of 60.7% by common bean, and 57.1% by cowpea. The symbiotic association in common bean needs the application of a starting dose (40 kg N ha-1) for economically acceptable yields.

Key words:Vigna unguiculata, Phaseolus vulgaris, nitrogen-15, legume, N rate.

1. INTRODUÇÃO

O feijão-caupi é uma espécie com ampla distribuição mundial, principalmente nas regiões tropicais, em virtude de terem condições edafoclimáticas semelhantes às do seu provável berço de origem, a áfrica. Segundo a Fao (2004), estima-se que em 2003 foram cultivados no mundo cerca de 9,82 milhões de hectares de feijão-caupi. No Brasil, estima-se que é cultivado em torno de 1,5 milhão de hectares de feijão-caupi, com produtividade média de aproximadamente 300 kg ha-1 (Embrapa Semi-árido, 2008). Dentre os vários fatores que contribuem para a baixa produtividade média dessas espécies, destaca-se o manejo da fertilidade do solo, particularmente pelo insuficiente suprimento de nitrogênio (Hungria et al., 1991; Martins et al., 2003). Estima-se que em 40% da área cultivada com feijoeiro na América Latina e em 60% das áreas na áfrica e no Oriente Médio ocorram deficiência de N (CIAT, 1990).

O sucesso na formação de uma simbiose funcional é dependente de muitos fatores não sequenciais, tais como: físicos, ambientais, nutricionais e biológicos (Hungria et al., 1991) e, também, de fatores relacionados à planta (cultivar) e à estirpe, bem como pela interação entre estes (Hungria e Vargas, 1997; Soares et al., 2006a,b). A capacidade de FBN do feijoeiro parece não ser tão eficiente quanto à do caupi (Martins et al., 2003; Xavier et al., 2007) e à da cultura da soja (Hungria et al., 1991, Mendes et al., 2008). Para a obtenção de rendimentos econômicos, geralmente, é essencial a suplementação nitrogenada, principalmente até que a nodulação esteja plenamente estabelecida (Oliveira et al., 2003). No entanto, é necessária uma dose de N que proporcione bom desenvolvimento da planta, mas que não venha prejudicar a FBN.

Segundo Oliveira e Thung (1988), embora seja necessário conhecer a cultivar, as condições de desenvolvimento da cultura do feijão comum, para a produção de 1500 kg ha-1 de grãos, necessita-se aproximadamente de 46 kg de N. Os autores recomendam a aplicação de N na semeadura e em cobertura, na fase de 25 a 35 dias após a emergência (DAE). A espécie de rizóbio recomendada para produção de inoculantes para a cultura do feijoeiro é Rhizobium tropici (Martinez-Romero et al., 1991), compreendendo as estirpes comerciais SEMIA 4077 (CIAT 899) e SEMIA 4080 (PRF 81). Pelegrin et al. (2009) verificaram que a adubação com 20 kg ha-1 de N, acrescida de inoculante com a estirpe de Rhizobium tropici CIAT 899 possibilitou a obtenção de rendimento de grãos na cultura de feijoeiro equivalente à aplicação de até 160 kg ha-1 de N.

Martins et al. (2003) relataram que a inoculação de rizóbio em caupi, em área de sequeiro, pode aumentar a produtividade em até 35%, equivalente à aplicação de 50 kg ha-1 de N mineral. Por sua vez, Soares et al. (2006a) verificaram que a inoculação em campo, com as estirpes UFLA 03-84 e INPA 03-11B, contribuiu para o aumento no rendimento de grãos, semelhantemente ao tratamento testemunha que recebeu 70 kg ha-1 de N, e superior ao da estirpe BR 2001. Esta estirpe, embora não seja mais recomendada como inoculante, estabelece simbiose eficiente com o caupi (Martins et al. 2003; Xaviér et al., 2007).

Conforme Oliveira e Dantas (1988) o caupi depende do nitrogênio da semente e do N do solo até os 20 DAE e, havendo condições de solo e da planta para uma simbiose efetiva, é dispensada a adubação mineral nitrogenada. A partir dos 25 DAE, a necessidade da cultura em N é suprida pela FBN, estendendo-se até a floração, que normalmente ocorre entre 45 e 55 DAE, para cultivares de porte determinado, e entre 75 e 90 dias para os de porte indeterminado.

Segundo Sprent e Sprent (1990), é necessário que haja disponibilidade de N combinado para o crescimento do rizóbio até o início da fixação de N2. Em estudos realizados por Summerfield et al. (1977) e Huxley (1980), constatou-se que baixas doses de N combinado beneficiam a nodulação, fixação e produção do caupi. Já Alfaia (1997) não obteve resposta do caupi à aplicação de fertilizante nitrogenado, na forma de uréia ou sulfato de amônio, na dose de 30 kg ha-1 de N. Eaglesham et al. (1983), em estudos utilizando 15N para avaliar o efeito de três formas de N combinado (KNO3, NH4NO3 e uréia) em duas variedades de caupi e uma de soja, concluíram que a aplicação de N nas dose de 30 a 180 mg planta-1 promoveu efeito sinérgico na fixação de N2.

O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de doses de nitrogênio, na forma de uréia, sobre a fixação simbiótica de N2 em feijão comum e caupi ao longo do ciclo, pela técnica isotópica, e quantificar as contribuições relativas das fontes N2-fixação simbiótica, N-solo e N-uréia no desenvolvimento do feijão comum e caupi.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O estudo foi desenvolvido em casa de vegetação, em Piracicaba (SP), utilizando-se Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico, textura média, coletado na região. O solo foi coletado na camada de 0-20 cm de profundidade, seco ao ar, destorroado, homogenizado e passado em peneira de 4 mm de abertura, e em seguida, acondicionados 5 kg de solo por vaso. A análise química antes da implantação do experimento resultou nos seguintes valores: pH (CaCl2) 5,2; M.O. 20,5 g dm-3; P (resina) 6,0 mg dm-3; Ca 9,3 mmolc dm-3; Mg 2,4 mmolc dm-3; K 0,5 mmolc dm-3; H+Al 43,0 mmolc dm-3; SB 12,2 mmolc dm-3; CTC 55,0 mmolc dm-3 saturação por bases 22,1%; Zn (DTPA) 3,4 mg dm-3; Cu (DTPA) 0,6 mg dm-3; Mn (DTPA) 4,2 mg dm-3; Fe (DTPA) 58,0 mg dm-3. A análise granulométrica proporcionou os seguintes valores (g kg-1): areia, 720; silte 60; e argila 220, determinadas pelo método da pipeta, conforme metodologia descrita em Day (1965).

A correção do solo foi realizada um mês antes da semeadura, na dose de 2,04 Mg ha-1 de calcário dolomítico (PRNT 100%), considerando-se os resultados da análise do solo e a recomendação da Associação Nacional para Difusão de Corretivos Agrícolas (1986). O solo foi mantido umedecido a 60% da capacidade de campo, com a finalidade de mais prontamente elevar o pH. No décimo sexto dia após a correção do solo, foram aplicados 100 mg kg-1 de P e 50 mg kg-1 de K, na forma de superfosfato simples e cloreto de potássio, respectivamente. Foram aplicados também micronutrientes, na forma de solução (MnCl2 1,81 g L-1; Zn SO4 0,22 g L-1; CuSO4 0,08 g L-1; H2MoO4 0,02 g L-1 e H3BO3 2,86 g L-1). Para todas as soluções, usaram-se água destilada e sais p.a.

O delineamento experimental foi em blocos casualizados em esquema fatorial 5x3x2 e três repetições. Os tratamentos compreenderam cinco doses de N, na forma de uréia: 2, 15, 30, 45 e 60 mg kg-1 de N; três épocas de amostragens de plantas: 23, 40 e 76 dias após a semeadura (DAS) e duas culturas: feijão comum e feijão caupi. Como planta controle da fixação biológica de N2, foi utilizada a soja não nodulante. As doses de 2, 15, 30, 45 e 60 mg kg-1 de N de solo equivaleram, respectivamente, à aplicação de 5,3; 40, 80, 120 e 160 kg ha-1 de N. O enriquecimento isotópico utilizado foi de 30% e 10% de átomos de 15N em excesso, respectivamente, para as doses de 2 e 15 mg kg-1 de N. Para as demais doses de N, utilizou-se um enriquecimento de 4,991% de átomos de 15N em excesso. Para facilitar a aplicação uniforme, o fertilizante nitrogenado foi diluído em 50 ml de água destilada e aplicado com auxílio de uma pipeta.

Na semeadura do feijão comum (cultivar Carioca), do caupi (cultivar CNC x 284-4E) e da soja não nodulante (D-71-9331), utilizaram-se seis sementes por vaso, com posterior desbaste deixando-se três plantas. As regas foram realizadas diariamente com água destilada, procurando-se manter 80% da capacidade de campo. Para estimativa da reposição da água, determinou-se a curva característica do solo e realizaram-se pesagens para estimar a quantidade evapotranspirada. As sementes do feijão comum foram incubadas, antes da semeadura, com estirpes de Rhizobium CIAT 899. Para o caupi, utilizou-se a estirpe de Bradyrhizobium BR 2001. Detalhamentos sobre a origem (sistema de uso da terra, município, estado e país) e características culturais das estirpes de rizóbios usadas podem ser obtidos em Soares et al. (2006a) para o caupi e Soares et al. (2006b) para o feijoeiro.

A colheita das plantas foi realizada por amostragens ao longo do ciclo das culturas (23, 40 e 76 DAS). O material colhido de cada vaso (folhas + ramos + pecíolos + pedúnculos e vagens) foi seco em estufa de circulação de ar forçado a 65 ºC até atingir massa constante, determinando-se a matéria seca por planta. Em seguida, o material foi misturado, moído em moinho tipo Wiley com peneira de 40 mesh (0,42 mm), homogeneizado e deste retiradas amostras para análises de N total e concentração isotópica.

A atividade da enzima nitrogenase foi medida indiretamente pelo método da atividade de redução do acetileno (ARA) (Hardy et al., 1968). Após a coleta, as raízes foram colocadas em frascos de vidros de 1000 mL e, em seguida, fechadas hermeticamente. Retiraram-se previamente 10% da atmosfera do vidro sendo injetado 10% de C2H2. Após 30 minutos, retirou-se amostra com seringas plásticas e injetou-se 0,5 cm3 em cromatógrafo de gás tipo BECKMAN modelo GC-65, usando-se detector de ionização de chama de H2 a 125 ºC e coluna contendo Poropak N de 80 a 100 mesh a 50 ºC, conforme metodologia descrita em Saito (1980). Preparou-se padrão de 500 mg L-1 de C2H2 para determinação do controle, vidros sem raízes e com injeção de C2H2.

O N total foi determinado pelo método de Kjeldahl descrito por Bremner e Mulvaney (1982). Para as análises da composição isotópica de N, as amostras foram processadas de acordo com o método de Rittenberg (1946); partindo do destilado final obtido na análise da porcentagem de N total (Kjeldahl) que foi novamente acidificado com H2SO4 0,05 mol/L e concentrado por evaporação, o N-NH4+ foi convertido a N2 por oxidação com hipobrometo de lítio (LiOBr) (Porter e O'Deen, 1977). As análises da composição isotópica de nitrogênio nas amostras foram determinadas em espectrômetro de massa ATLAS VARIAN MAT modelo CH-4. As avaliações seguiram a seguinte sequência de cálculos:

a) Determinação da atividade da nitrogenase

Sendo: H = altura do pico do padrão; A = atenuação da leitura; R = range; K' = altura do pico da amostra (mm) x atenuação x range

Os resultados foram apresentados em mmoles C2H4 planta hora-1 ou µmol C2H4 planta hora-1, a partir dos valores obtidos pela altura do pico em relação ao padrão de 500 mg kg-1 de etileno.

b) Quantidade de nitrogênio total acumulada (QNT, mg planta-1)

Sendo: RMS = rendimento de matéria seca (g planta-1); N = teor de nitrogênio na planta (g kg-1)

c) Percentagem de nitrogênio na planta (caule + ramos + folhas + pedúnculos e vagens) proveniente do fertilizante (NPPF, %)

d) Porcentagem de nitrogênio na planta (caule + ramos + folhas + pedúnculos e vagens) proveniente da fixação biológica no feijão caupi e no feijão comum (NPPFB, %)

e) Quantidade de nitrogênio proveniente da fixação biológica (QNPPFB, mg planta-1)

f) Quantidade de nitrogênio proveniente do solo (QNPPS, mg planta-1)

g) Aproveitamento do N do fertilizante (AP, %), em relação à quantidade de N aplicado como fertilizante (QNA)

Os dados foram submetidos à análise de variância e, quando detectados efeitos significativos pelo teste F, a 5% de probabilidade, foram ajustadas equações de regressão. Testou-se à significância dos modelos linear e quadrático, tendo sido escolhida a equação significativa com maior grau. As análises estatísticas foram realizadas com o programa estatístico SAS 8.02 (SAS Institute, 2001).

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

As doses de nitrogênio influenciaram a produtividade de matéria seca de parte aérea (MSPA) do feijão comum e do caupi. No entanto, para ambas as espécies, ocorreu discreto aumento MSPA até 23 DAS, moderado até 40 DAS, e acentuado incremento na MSPA de 40 a 76 DAS, tendo alcançado o pico máximo nesta época (Figura 1a,b). O feijão iniciou a emissão de botões florais aos 40 DAS, atingindo a plena floração aos 50 DAS e, aos 76 DAS, as vagens estavam bem formadas e a planta em estádio de fim de ciclo, o que forçou também a coleta das demais culturas (caupi e soja não nodulante), pois é exigência do método da diluição isotópica (Boddey et al., 1983; Hardarson e Danso, 1990; Alves et al., 2005). O caupi, aos 76 DAS, estava em fase de enchimento das vagens, com sementes mal formadas, portanto, para todas as espécies, foi quantificado e considerado o N da parte aérea inteira (caule + ramos + folhas + pedúnculos e vagens).


Comparando-se, separadamente, cada espécie dentro de cada época, observa-se que as doses crescentes de N, aos 23 e 40 DAS (Figura 1a,b), proporcionaram produção de MSPA semelhantes.

Para o feijão comum, aos 76 DAS, também não houve diferença significativa entre os tratamentos a partir da dose de 15 mg kg-1 de N, indicando que nestes tratamentos somente a FBN supriu as exigências da planta. Para o caupi, aos 76 DAS, o efeito das doses de N foi menor que para o feijão comum, sem diferença significativa na produção de MSPA, inclusive entre os tratamentos nos quais não foi aplicado N e naqueles que receberam 60 mg kg-1 de N, sugerindo alta FBN por esta espécie.

Quanto à quantidade de nitrogênio total acumulada (QNT) pelo caupi e pelo feijão, aos 76 DAS, houve um ganho líquido de aproximadamente 3,5 vezes na QNT em relação à época anterior (40 DAS) (Figura 2a,b). Esse aumento, provavelmente, foi devido à maior atividade simbiótica no fim do ciclo da cultura, a exemplo do verificado em outros estudos (Franco et al., 2002; Martins et al., 2003). Para o feijão, aos 23 e aos 40 DAS, os dados ajustaram-se ao modelo linear e, para o caupi, aos 40 DAS, ao modelo quadrático. O incremento na dose de N não influenciou a QNT na parte aérea do caupi, aos 23 e 76 DAS.


Considerando-se as doses de N aplicadas, aos 76 DAS, tanto o caupi como o feijão acumularam maior quantidade de N do que a soja não nodulante. Tal fato, em parte, se deve a serem espécies distintas; porém, sugere-se que houve efeito sinérgico entre o N fixado, N nativo do solo e N do fertilizante. Para a soja não nodulante, aos 76 DAS, a QNT aumentou à medida que se aumentou a dose de N, obtendo-se a máxima acumulação com 60 mg kg-1 de N, indicando assim, que o N-fertilizante foi o principal responsável pelo acúmulo deste nutriente pela planta. Resultados semelhantes foram também verificados para caupi e soja por Englesham et al. (1983).

A porcentagem de nitrogênio na planta proveniente do fertilizante (%NPPF), em ambas as espécies e nas três épocas avaliadas, na planta de feijão, aumentou com o incremento da dose de N (Figura 3a,b); no entanto, com maior intensidade nas menores doses de N. Já a quantidade de nitrogênio na planta proveniente do fertilizante (QNPPF) nas três épocas avaliadas, foi proporcional à dose de N aplicada (Figura 3c). Para o caupi, houve tendência de decréscimo na QNPPF com o aumento da dose de N (Figura 3d), acima de 15 mg kg-1 de N, nas épocas 23 e 40 DAS, e acima de 30 mg kg-1 de N, aos 76 DAS.


 






A maior QNPPF foi obtida com a maior dose de N (60 mg kg-1), cujos valores foram de 45,58 mg planta-1 de N para o caupi e de 67,05 mg planta-1 de N para o feijão comum, correspondendo, à participação da ordem, respectivamente, de 59,61% e 64,08% do N total. Resultados bem próximos aos do presente estudo foram verificados por Rennie e Kemp (1984), quando a adição de 10 kg ha-1 de N contribuiu pouco para o N total na planta de feijão (cvs. Kentowood e Aurora), sendo a média de %NPPF para ambas as cultivares de 14% em 1981 e 12,3% em 1982, no estádio V3 (40 DAS), com decréscimo depois desta fase. Os autores observaram ainda que a maior utilização do N ocorreu com a dose de 40 kg ha-1 de N, em média, 30,3% em 1981 e 27,4% em 1982.

O aproveitamento do N-fertilizante, pelo feijão, aos 23 DAS, decresceu de 37,8% para 19,2%, respectivamente, com a aplicação da dose 2 mg kg-1 de N e 60 mg kg-1 de N. Já, aos 40 DAS, variou entre 61,7% e 67,1% e, aos 76 DAS, se manteve praticamente constante, com aproveitamento médio de 60,6% (Figura 3e). Para o caupi, nas três épocas avaliadas, à medida que se elevaram as dose de N, ocorreu um decréscimo no aproveitamento do N do fertilizante (Figura 3f), evidenciando redução na sua concentração na parte aérea. A maioria dos estudos demonstra que existe grande variação no aproveitamento do N do fertilizante pelas plantas, raramente ultrapassando 50% do aplicado (Alfaia, 1997). No presente estudo, o aproveitamento relativamente alto para as duas plantas fixadoras de N, provavelmente está relacionado à condição de vaso, onde o sistema radicular permanece confinado, explorando todo volume de solo e, também, não ocorrendo perda de N por lixiviação, para camadas fora do alcance das raízes.

A porcentagem de nitrogênio proveniente da fixação simbiótica (%NPPFB) no feijão (Figura 4a) e no caupi (Figura 4b) decresceu proporcionalmente ao incremento da dose de N, demonstrando que o aumento na concentração de N mineral na solução do solo desfavoreceu o processo de simbiose entre a planta e o rizóbio.


 




O tratamento que recebeu a menor dose de N (2 mg kg-1) exibiu a maior média (207,53 mg planta-1) de QNPPFB, correspondendo a 81,49% do nitrogênio total. As plantas de feijão submetidas às doses de 2 ou 15 mg kg-1 de N de solo tiveram as maiores médias de %NPPFB, de 71,62% e 71,89% respectivamente, não diferindo entre si.

O maior valor de QNPPFB no feijão foi obtido no tratamento 15 mg kg-1 de N, evidenciando que a aplicação de pequenas doses de N mineral no início do desenvolvimento do feijoeiro foi favorável à planta hospedeira, certamente em virtude de promover maior envio de fotossintatos ao sistema radicular e, assim, promover aumento no crescimento da raiz, aumentando os sítios de formação de nódulos e consequentemente aumento na fixação biológica de nitrogênio (Franco e Dõbereiner, 1968; Huxley, 1980; Tsai et al., 1993).

A planta de caupi submetida à dose de 2 mg kg-1 de N proporcionou maior %NPPFB em relação aos demais tratamentos e, à medida que se elevou a concentração de N no vaso, decresceram as %NPPFB. Com base nesses resultados, confirmam-se as observações de outros estudos de que altas doses de N afetam a fixação em caupi (Miller et al., 1982; Berverly e Jarrel, 1984; Graham e Scott, 1984; Agbenin et al., 1990; Alfaia 1997). Neste contexto, Eaglesham et al. (1982) concluíram que embora as taxas de utilização do N-fertilizante pelo caupi tenham sido baixas, de 12% e 28% com a aplicação de 25 e 100 kg ha-1 de N respectivamente, a menor dose promoveu efeito adverso sobre o desenvolvimento dos nódulos e a maior dose de N, proporcionou efeito adverso prolongado na formação e desenvolvimento dos nódulos.

A porcentagem (%NPPS) (Figura 4a) e a quantidade de nitrogênio do solo (QNPNS) (Figura 4b) nas plantas de caupi e feijão se manteve mais ou menos constantes, não sofrendo influência das doses de N. Tal fato indica que, provavelmente, as distintas doses de N não influenciaram a mineralização do N orgânico do solo e/ou a magnitude de absorção do N desta fonte.

Comparando-se os valores de QNPPF (Figura 3c,d), aos 76 DAS, com os de QNPPFB QNPPS (Figura 4c,d), observa-se que, à exceção dos tratamentos que receberam 45 ou 60 mg kg-1 N, cujos os valores foram parecidos, nos demais tratamentos a contribuição das fontes de N para o N acumulado no feijão e no caupi seguiram a ordem decrescente NPPFB > NPPS > NPPF. De maneira geral, as doses de N influenciaram negativamente a fixação simbiótica do N2, que variou de 55,6% a 81,5% para o caupi, e de 55,1% a 71,9% para o feijão comum. Mendes et al. (2008) relataram que sempre que a disponibilidade de N no solo é abundante, este é absorvido em detrimento ao N da fixação, enquanto o N-fixado é a maior fonte do nutriente quando o N do solo torna-se limitante.

Os resultados referentes à estimativa da atividade da nitrogenase, aos 76 DAS, tanto para o feijão como para caupi não se ajustaram significativamente aos modelos testados (Figura 5). Os valores do início até em torno da metade do ciclo do caupi e feijão (23 e 40 DAS) revelaram valores baixos, evidenciando menor atividade de fixação biológica de N nestas fases, comparada à fase após o florescimento. O sucesso na formação de uma simbiose funcional é dependente de muitos fatores não sequenciais tais como: físicos, ambientais (umidade, temperatura, intensidade da luz), nutricionais e biológicos (Hungria et al., 1991). Além de fatores relacionados à planta (variedade) e à estirpe, bem como pela interação entre estes (Soares et al., 2006a,b). Assim, vários fatores influenciam o desenvolvimento vegetativo, a atividade do rizóbio e a nodulação, sendo, muitas vezes, considerados mais importantes do que a adubação nitrogenada (Eaglesham et al., 1983; Xavier et al., 2007).


As reduções no crescimento em plantas dependentes de N2 ocorrem, principalmente, em virtude da baixa disponibilidade de N na fase prévia ao início da fixação de N2, e podem ser diminuídas ou evitadas com a adubação de arranque no momento da semeadura. Essa prática é recomendada por vários pesquisadores (Summerfield et al., 1977; Huxley, 1980; Hungria et al., 1991; Oliveira et al., 2003), em virtude de estimular o crescimento da planta e evitar que passe por estado de carência antes do início da fixação, possibilitando boa nodulação. No presente estudo, os resultados de MSPA (Figura 1b), QNT (Figura 2b), %NPPFB (Figura 4b) e QNPPFB (Figura 4d) no tratamento que recebeu apenas 2 mg kg-1 de N confirmam a potencialidade de que a associação do caupi com o rizóbio pode substituir totalmente a adubação nitrogenada mineral e que, havendo condições de solo e da planta para a plena simbiose, é dispensável inclusive a adubação de arranque (semeadura). Neste contexto, Alfaia (1997), em condições de campo, em um Latossolo Amarelo, não obteve efeito significativo da aplicação de 30 kg ha-1 de N, atribuindo a falta de resposta à FBN. Martins et al. (2003) verificaram que a inoculação com rizóbio (BR 3267) em caupi, em área de sequeiro, promoveu aumento de 35% na produtividade de grãos, equivalente à aplicação de 50 kg ha-1 de N mineral. Soares et al. (2006a) verificaram que a inoculação em campo com as estirpes UFLA 03-84 e INPA 03-11B contribuiu para o aumento no rendimento de grãos, semelhantemente ao tratamento que recebeu 70 kg ha-1 de N, sem inoculação, e superior ao da estirpe BR 2001, que também foi utilizada no presente estudo.

Em feijão, busca-se substituir parcial ou totalmente a adubação nitrogenada, por meio da fixação simbiótica. No entanto, de acordo com os valores obtidos de MSPA (Figura 1a) e de QNT (Figura 2a) associados aos valores de %NPPFB (Figura 4a) e de QNPPFB (Figura 4c) do tratamento que recebeu 15 mg kg-1 de N, indicam que a combinação do feijão comum com o rizóbio necessita dessa dose de arranque para a obtenção de produtividades econômicas aceitáveis.

Vale lembrar que no presente estudo não foi mensurado as contribuições das fontes N2-fixação simbiótica, N-solo e N-uréia para sistema radicular do feijão comum e do caupi, representando, portanto, substantiva do total de N recuperado ou acumulado pelas plantas.

4. CONCLUSÕES

1. O incremento na dose de nitrogênio proporciona redução na fixação simbiótica de nitrogênio nas plantas de feijão comum e de caupi.

2. A fixação simbiótica de nitrogênio fornece a maior parte do N acumulado nas plantas de feijão e caupi, seguida, em ordem decrescente, pelo solo e uréia.

3. A fixação simbiótica de N2 em feijão-caupi submetido à inoculação pode substituir totalmente a adubação nitrogenada, inclusive a dose de arranque (semeadura).

4. O aproveitamento do N da uréia, aos 76 DAS, foi, em média, de 60,7% pelo feijão comum e de 57,1% pelo caupi e sua participação no N acumulado na planta de feijão foi proporcional à dose aplicada.

5. A associação simbiótica em feijão comum necessita de uma dose de arranque (40 kg ha-1 de N) para a obtenção de produtividade economicamente aceitável.

6. A absorção do N do solo não é influenciada pela dose de fertilizante nitrogenado.

AGRADECIMENTOS

A International Atomic Energy Agency (IAEA), pelo apoio financeiro para realização da pesquisa; à CAPES, ao CNPq e à FAPESP, pela concessão de bolsa, respectivamente, ao primeiro, segundo e terceiro autores.

Recebido: 23/out./2009; Aceito: 2/ago./2010

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    Autor correspondente.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      16 Maio 2011
    • Data do Fascículo
      2011

    Histórico

    • Recebido
      23 Out 2009
    • Aceito
      02 Ago 2010
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