Este estudo teve como objetivo avaliar a diversidade genética de 20 genótipos de mandioca (Manihot esculenta Crantz) com alto desempenho fenotípico, utilizando marcadores microssatélites. Foram considerados dois grupos: onze variedades para fins industriais e nove variedades de mesa. A partir de nove iniciadores foi identificado alto polimorfismo para todos os locos analisados, atingindo valores de 100%. Em média, foram encontrados 3,4 alelos por loco, sendo 0,371 o valor estimado para a heterozigosidade observada e 0,555 para a diversidade gênica, no conjunto total de variedades comerciais avaliadas. A variabilidade genética observada em ambos os grupos de variedades, cultivadas em larga escala na Região Centro-Sul do Brasil, é ampla o suficiente para permitir a escolha de genótipos parentais divergentes para serem utilizados em cruzamentos para obter novos genótipos recombinantes. Além disso, as análises revelaram alta variabilidade genética dentro dos dois grupos (I: variedades industriais; II variedades de mesa). Contudo, nas variedades de mesa houve maior diversidade genética, provavelmente devido à alta prioridade dada às características sensoriais. Pela análise de agrupamento, verificamos uma tendência para a separação das variedades industriais das de mesa. Os resultados representam importante fonte de informação para programas de melhoramento de mandioca no Brasil.
Manihot esculenta; diversidade genética; germoplasma; microssatélites
