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Crenças e atitudes frente à dor em pacientes com lombalgia crônica

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:

Atitudes e crenças disfuncionais em pacientes com lombalgia podem interferir nos quadros de dor, incapacidade e humor. O objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento das crenças e atitudes na lombalgia crônica e correlacioná-las com a intensidade da dor, incapacidade, ansiedade e depressão.

MÉTODOS:

Foram avaliados 82 pacientes com lombalgia crônica segundo a Escala Numérica da Dor, Inventário de Atitudes Frente à Dor, Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão, e Índice Funcional de Oswestry.

RESULTADOS:

Mais da metade dos pacientes foi do sexo feminino (51,22%) com idade média acima de 40 anos. A dor era leve à moderada em 53,65%. Observou-se incapacidade grave em 64,63%, ansiedade em 63,41% e depressão em 41,46%. As crenças solicitude e incapacidade apresentaram associações significativas com todos os grupos. Para dano físico, houve associação com incapacidade e ansiedade. A cura médica se correlacionou com a variável ansiedade.

CONCLUSÃO:

Os pacientes apresentaram crenças disfuncionais associadas à intensidade da dor, ansiedade, depressão e principalmente incapacidade, com provável influência no tratamento. Ao demonstrar essa relação, se evidencia importância da realização de novos estudos que avaliem abordagens terapêuticas, como intervenções dirigidas e programas educacionais, voltadas para as crenças do paciente com lombalgia para determinar seu impacto no controle e tratamento da dor.

Descritores
Ansiedade; Crenças; Depressão; Dor lombar; Incapacidade

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