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Injeção intramuscular de lidocaína e plasticidade cortical

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:

A manipulação da atividade neuronal periférica pode alterar a excitabilidade do córtex motor primário; entretanto, não se sabe se esse fenômeno ocorre após a injeção intramuscular de lidocaína. Investigaram-se alterações eletrofisiológicas através de estimulação magnética transcraniana após injeção de lidocaína (0,5mL, 2%) no músculo primeiro interósseo dorsal da mão dominante de indivíduos saudáveis.

MÉTODOS:

Estudo paralelo, exploratório, duplo-cego, realizado em laboratório. Vinte e oito voluntários saudáveis (idade média: 29,6 anos, 15 mulheres). Foram avaliados através de estimulação magnética transcraniana no limiar motor de repouso, potencial evocado motor, facilitação intracortical e inibição intracortical. A injeção de lidocaína (grupo LID) foi comparada com agulhamento a seco (grupo DRY), injeção de solução salina (grupo SAL) e nenhuma intervenção (grupo CTL). Os participantes foram distribuídos randomicamente em cada grupo. Força muscular e medidas de excitabilidade periférica (reobase e cronaxia) foram também estudadas. As avaliações ocorreram em quatro momentos: imediatamente antes e após a intervenção e 30 e 60 minutos após a intervenção.

RESULTADOS:

Foi utilizado modelo linear generalizado para identificar as diferenças entre os grupos LID, DRY, SAL e CTL. Os resultados mostraram que o potencial evocado motor foi modificado no grupo LID (p<0,005).

CONCLUSÃO:

Em indivíduos saudáveis, a injeção de lidocaína intramuscular pode alterar o potencial evocado motor.

Descritores:
Anestesia; Anestesia local; Dor; Estimulação magnética transcraniana

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