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Eficácia da hipnose no manejo da dor não procedimental: revisão sistemática

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:

A dor tem um amplo impacto na saúde pública, apresentando um custo social que extrapola o financeiro. A hipnose mostra-se como recurso focal, breve e de baixo custo, com possibilidades efetivas de mudança no manejo da dor. O objetivo deste estudo foi verificar a eficácia da hipnose no manejo da dor não procedimental.

CONTEÚDO:

Trata-se de uma revisão sistemática da literatura realizada em fevereiro de 2020. As buscas foram realizadas nas plataformas Pubmed, Cochrane, LILACS, Scielo e PsycInfo, utilizando-se os descritores “ensaio clínico”, “hipnose”, “manejo de dor”, “intensidade de dor” e “qualidade de vida”, totalizando 18 estudos após a avaliação de pares. A maioria dos estudos era randomizada, controlada por comparação da hipnose com tratamento padrão ou outra prática integrativa e centrava-se principalmente nos aspectos de intensidade, qualidade e interferência da dor como variável desfecho. Seis estudos fazem menção à qualidade de vida e apenas dois se referem à catastrofização como variável interveniente importante.

CONCLUSÃO:

A hipnose é uma técnica eficaz no manejo da dor, considerando que houve melhora no manejo da dor a partir da melhora em, pelo menos, um aspecto, seja intensidade, interferência ou qualidade da dor. No entanto, é preciso ressaltar importantes limitações dos estudos, como o tamanho reduzido das amostras e a complexidade de sistematização das técnicas subjetivas, o que evidencia a necessidade de mais ensaios clínicos, inclusive multicêntricos, de modo a garantir amostras maiores.

Descritores:
Dor não procedimental; Hipnose; Manejo da dor

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