Acessibilidade / Reportar erro

Fisioterapia nas cefaleias: atualidades e desafios no Brasil

Desde milênios antes de cristo existem registros sobre a cefaleia, a qual já foi relacionada à magia ou à religião, até chegar ao conhecimento médico e científico11 Souza WPO, Sousa-Santos PM, Silva-Néto RP. A historical review of headaches: who first described them and when did this occur? Headache J Head Face Pain. 2020;60(8):1535-41., 22 Assina R, Sarris CE, Mammis A. The history of craniotomy for headache treatment. Neurosurg Focus. 2014;36(4):E9.. Atualmente, a prevalência mundial das cefaleias ativas chega a 52%, representando uma queixa humana comum e quase universal ao longo da história33 Stovner LJ, Hagen K, Linde M, Steiner TJ. The global prevalence of headache: an update, with analysis of the influences of methodological factors on prevalence estimates. J Headache Pain. 2022;23:1-17.. Cefaleias, segundo a Classificação Internacional de Cefaleias (International Classification of Headache Disorders), correspondem a um grupo de desordens que acometem a região da cabeça, com mais de 200 tipos categorizados dessa condição, que podem pertencer a três grupos distintos: as cefaleias primárias, as secundárias e o grupo que inclui as neuropatias cranianas dolorosas, outras dores faciais e outras cefaleias44 ICHD-3-Brazilian-Portuguese.pdf [Internet]. [citado 25 de novembro de 2022]. Disponível em: https://ihs-headache.org/wp-content/uploads/2021/03/ICHD-3-Brazilian-Portuguese.pdf
https://ihs-headache.org/wp-content/uplo...
.

Na antiguidade, acreditava-se que as cefaleias eram ocasionadas por maus espíritos que tomavam conta dos corpos e, por isso, o tratamento utilizado inicialmente consistia em realizar trepanações nos crânios, a fim de que esses espíritos saíssem do corpo22 Assina R, Sarris CE, Mammis A. The history of craniotomy for headache treatment. Neurosurg Focus. 2014;36(4):E9.. Com o advento da tecnologia e até mesmo da evolução humana, os tratamentos foram sendo adaptados. Nos dias atuais, as cefaleias dispõem de opções de tratamentos farmacológicos e não farmacológicos44 ICHD-3-Brazilian-Portuguese.pdf [Internet]. [citado 25 de novembro de 2022]. Disponível em: https://ihs-headache.org/wp-content/uploads/2021/03/ICHD-3-Brazilian-Portuguese.pdf
https://ihs-headache.org/wp-content/uplo...
.

Opções farmacológicas envolvem diversas classes, cuja escolha depende do tipo de cefaleia, de sua apresentação clínica, da presença ou não de comorbidades, das preferências do indivíduo e da expertise do profissional que está acompanhando o paciente. Como opções não farmacológicas citadas em estudos, existem mudanças no estilo de vida, exercício físico, mindfulness, terapia cognitivo-comportamental e/ou outras intervenções psicoterapêuticas e modalidades fisioterapêuticas55 Fernández-de-las-Peñas C, Florencio LL, Plaza-Manzano G, Arias-Buría JL. Clinical reasoning behind non-pharmacological interventions for the management of headaches: a narrative literature review. Int J Environ Res Public Health. 2020; 17(11):4126., 66 Sahai-Srivastava S, Sigman E, Uyeshiro Simon A, Cleary L, Ginoza L. Multidisciplinary team treatment approaches to chronic daily headaches. Headache J Head Face Pain. 2017;57(9):1482-91., 77 Fernández-de-las-Peñas C, Cuadrado ML. Physical therapy for headaches. Cephalalgia. 2016;36(12):1134-42.. De forma geral, no tratamento das cefaleias, principalmente as crônicas, recomenda-se o envolvimento de equipes multiprofissionais (médicos, odontólogos, fisioterapeutas, psicólogos, profissionais da educação física, nutricionistas, entre outros)66 Sahai-Srivastava S, Sigman E, Uyeshiro Simon A, Cleary L, Ginoza L. Multidisciplinary team treatment approaches to chronic daily headaches. Headache J Head Face Pain. 2017;57(9):1482-91..

Especificamente no que se refere à atuação do fisioterapeuta no Brasil, ainda não se dispõe de uma denominação comum de especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional para os fisioterapeutas que atuam nessa área de disfunções de cabeça e pescoço, como alguns a denominam. Outros a denominam como bucomaxilofacial, crâniocervicomandibular e/ou crâniomandibular. Apesar de ainda não se ter essa especialidade reconhecida, os estudos já apontam evidências de diversas abordagens fisioterapêuticas como benéficas em tipos específicos de cefaleias, principalmente nos casos de cefaleia cervicogênica (cefaleia secundária mais prevalente), cefaleia tensional e migrânea (cefaleias primárias mais prevalentes)77 Fernández-de-las-Peñas C, Cuadrado ML. Physical therapy for headaches. Cephalalgia. 2016;36(12):1134-42., 88 Lemmens J, De Pauw J, Van Soom T, Michiels S, Versijpt J, van Breda E, Castien R, De Hertogh W. The effect of aerobic exercise on the number of migraine days, duration and pain intensity in migraine: a systematic literature review and meta-analysis.J Headache Pain. 2019;20(1):16., 99 Jung A, Eschke RC, Struss J, Taucher W, Luedtke K. Effectiveness of physiotherapy interventions on headache intensity, frequency, duration and quality of life of patients with tension-type headache. A systematic review and network meta-analysis. Cephalalgia. 2022;42(9):944-65., 1010 Bini P, Hohenschurz-Schmidt D, Masullo V, Pitt D, Draper-Rodi J. The effectiveness of manual and exercise therapy on headache intensity and frequency among patients with cervicogenic headache: a systematic review and meta-analysis. Chiropr Man Ther. 2022;30(1):49..

O grande objetivo dos indivíduos, em sua maioria, é livrar-se da cefaleia. Porém, por vezes, e pensando principalmente nas cefaleias primárias, não se pode garantir que a cefaleia desaparecerá, mas sim, que podem existir períodos de remissão. Por isso, o objetivo dos fisioterapeutas que trabalham nessa área deve ser a diminuição da frequência, da intensidade, da duração da dor, assim como prevenção das crises, redução das incapacidades e dos impactos ocasionados pelas cefaleias.

Considerando a grandiosidade do histórico das cefaleias, cada intervenção fisioterapêutica pode ou não ser indicada levando em consideração os mecanismos fisiopatológicos das cefaleias e os mecanismos de dor envolvidos nessa gênese e, por vezes, a resposta de manutenção do quadro clínico, sendo indispensável um bom raciocínio clínico por parte dos fisioterapeutas55 Fernández-de-las-Peñas C, Florencio LL, Plaza-Manzano G, Arias-Buría JL. Clinical reasoning behind non-pharmacological interventions for the management of headaches: a narrative literature review. Int J Environ Res Public Health. 2020; 17(11):4126., 77 Fernández-de-las-Peñas C, Cuadrado ML. Physical therapy for headaches. Cephalalgia. 2016;36(12):1134-42.. Um ponto crucial na escolha das estratégias por parte dos fisioterapeutas é entender que, além do comprometimento tecidual, em que as abordagens se baseiam na aplicação de técnicas com as mãos (hands-ON), também é necessário incorporar estratégias de tratamento direcionadas à dessensibilização do sistema nervoso central, que envolve opções de intervenção com efeito do sistema nervoso central para regiões corporais periféricas (hands-OFF)55 Fernández-de-las-Peñas C, Florencio LL, Plaza-Manzano G, Arias-Buría JL. Clinical reasoning behind non-pharmacological interventions for the management of headaches: a narrative literature review. Int J Environ Res Public Health. 2020; 17(11):4126..

Atualmente, o padrão-ouro de tratamento para condições de dor crônica, incluindo as cefaleias, é o exercício físico1111 Geneen LJ, Moore RA, Clarke C, Martin D, Colvin LA, Smith BH. Physical activity and exercise for chronic pain in adults: an overview of Cochrane Reviews. Cochrane Database Syst Rev. 2017;2017(1):CD011279.. No entanto, um dos grandes desafios que encontramos é a baixa adesão dos indivíduos aos programas de exercícios, geralmente atribuído ao estilo de vida sedentário, medo de realizar movimentos quando estão com dor e baixo nível de motivação pessoal para realizar esses programas. Dessa forma, e não menos importante, na maioria das vezes é necessário que o indivíduo se adapte às intervenções baseadas em movimento, o que pode ser feito por meio de exposição gradativa ao programa de exercícios e educação em dor, sendo que a preferência do paciente deve ser considerada para o planejamento dos exercícios terapêuticos1111 Geneen LJ, Moore RA, Clarke C, Martin D, Colvin LA, Smith BH. Physical activity and exercise for chronic pain in adults: an overview of Cochrane Reviews. Cochrane Database Syst Rev. 2017;2017(1):CD011279..

Por isso, inicialmente, uma das funções do fisioterapeuta é educar o indivíduo sobre sua condição. O indivíduo precisa ser protagonista do seu tratamento e a educação tem como objetivo aumentar o conhecimento do mesmo sobre sua condição de saúde, as opções de tratamento, os riscos do uso excessivo de medicamentos, como o estilo de vida interfere no surgimento das crises, a importância do autocuidado e, em alguns casos, é necessário a desmistificação de crenças limitantes1212 Minen MT, Kaplan K, Akter S, Espinosa-Polanco M, Guiracocha J, Khanns D, Corner S, Roberts T. Neuroscience education as therapy for migraine and overlapping pain conditions: a scoping review. Pain Med. 2021;22(10):2366-83., 1313 Krøll LS, Callesen HE, Carlsen LN, Birkefoss K, Beier D, Christensen HW, Jensen M, Tómasdóttir H, Würtzen H, Høst CV, Hansen JM. Manual joint mobilisation techniques, supervised physical activity, psychological treatment, acupuncture and patient education for patients with tension-type headache. A systematic review and meta-analysis. J Headache Pain. 2021;22(1):96..

Esses programas de educação podem ser realizados individualmente ou em grupo e seus formatos de entrega são diversos, como diálogos, panfletos, cartilhas, e-books e/ou vídeos. Na literatura ainda não existe consenso sobre a melhor forma de realizar essas estratégias de educação; a recomendação maior é que seja realizada por um profissional habilitado e que permita a adesão do indivíduo. Além disso, vale salientar que essas estratégias de educação em dor não devem ser utilizadas isoladamente; as recomendações sugerem que devem ser associadas com exercícios, tratamentos comportamentais e/ou farmacológicos55 Fernández-de-las-Peñas C, Florencio LL, Plaza-Manzano G, Arias-Buría JL. Clinical reasoning behind non-pharmacological interventions for the management of headaches: a narrative literature review. Int J Environ Res Public Health. 2020; 17(11):4126., 66 Sahai-Srivastava S, Sigman E, Uyeshiro Simon A, Cleary L, Ginoza L. Multidisciplinary team treatment approaches to chronic daily headaches. Headache J Head Face Pain. 2017;57(9):1482-91..

É digno de nota que as técnicas de neuromodulação central e periférica para o tratamento da cefaleia estão sendo estudadas recentemente, principalmente objetivando a dessensibilização neural no tratamento dessas condições1414 Coppola G, Magis D, Casillo F, Sebastianelli G, Abagnale C, Cioffi E, Di Lenola D, Di Lorenzo C, Serrao M. Neuromodulation for chronic daily headache. Curr Pain Headache Rep. 2022;26(3):267-78.. Na fisioterapia, uma opção amplamente estudada e que pode ser utilizada é a eletroestimulação analgésica, a exemplo da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS). Estudos mostram que a TENS pode auxiliar na diminuição da hiperalgesia mecânica, da alodinia, da intensidade de dor tanto em repouso quanto durante o movimento, da fadiga, da cinesiofobia e na restauração dos mecanismos endógenos de somação temporal e modulação condicionada da dor1515 Gibson W, Wand BM, Meads C, Catley MJ, O'Connell NE. Transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) for chronic pain - an overview of Cochrane Reviews. Cochrane Database Syst Rev. 2019;2019(4):CD011890..

Visando esse efeito de analgesia e melhora do funcionamento musculoesquelético, outra opção disponível para o fisioterapeuta utilizar são as técnicas de terapia manual, que englobam manipulação e/ou mobilização da coluna vertebral, liberação de tecidos moles, massagem terapêutica e outras terapias manipulativas e baseadas no corpo1616 Moore CS, Sibbritt DW, Adams J. A critical review of manual therapy use for headache disorders: prevalence, profiles, motivations, communication and self-reported effectiveness. BMC Neurol. 2017;17:61., que preferencialmente devem ser utilizadas em combinação com outras estratégias55 Fernández-de-las-Peñas C, Florencio LL, Plaza-Manzano G, Arias-Buría JL. Clinical reasoning behind non-pharmacological interventions for the management of headaches: a narrative literature review. Int J Environ Res Public Health. 2020; 17(11):4126., 77 Fernández-de-las-Peñas C, Cuadrado ML. Physical therapy for headaches. Cephalalgia. 2016;36(12):1134-42., 99 Jung A, Eschke RC, Struss J, Taucher W, Luedtke K. Effectiveness of physiotherapy interventions on headache intensity, frequency, duration and quality of life of patients with tension-type headache. A systematic review and network meta-analysis. Cephalalgia. 2022;42(9):944-65.. Essas abordagens devem ser utilizadas de acordo com os achados na avaliação e visam reduzir pontos-gatilho ativos, promover melhora do comprimento muscular, redução da tensão muscular, melhora da mobilidade da coluna cervical e torácica, além de abordar déficits na articulação temporomandibular e estruturas associadas66 Sahai-Srivastava S, Sigman E, Uyeshiro Simon A, Cleary L, Ginoza L. Multidisciplinary team treatment approaches to chronic daily headaches. Headache J Head Face Pain. 2017;57(9):1482-91..

Sendo assim, um dos grandes desafios é entender que as cefaleias não são todas iguais, e que os fisioterapeutas não podem tratar todas as pessoas da mesma forma. Cefaleias são complexas, grandiosas e apresentam diversas peculiaridades diagnosticas e fisiopatológicas. Com isso, os fisioterapeutas que optam por essa área de atuação devem considerar aspectos da neurociência moderna da dor e questões musculoesqueléticas em suas abordagens, ou seja, é necessária uma coerência com a utilização de abordagens multimodals, além de explorar uma avaliação objetiva e subjetiva de forma ampla55 Fernández-de-las-Peñas C, Florencio LL, Plaza-Manzano G, Arias-Buría JL. Clinical reasoning behind non-pharmacological interventions for the management of headaches: a narrative literature review. Int J Environ Res Public Health. 2020; 17(11):4126., 77 Fernández-de-las-Peñas C, Cuadrado ML. Physical therapy for headaches. Cephalalgia. 2016;36(12):1134-42..

Outro ponto que necessita de atenção é a fragilidade dos currículos de dor em programas de graduação nos cursos de fisioterapia no Brasil. Somente 6% dos currículos disponíveis apresentavam curso específico sobre dor, o que evidencia um problema do estudo da dor na curricularização na fisioterapia em território brasileiro1717 Venturine JS, Pires GMT, Pereira ML, Monteiro MGM, Meziat-Filho N, Nogueira LC, Reis FJJ. Overview of curricula about pain in physical therapist education programs in Brazil: a faculty Survey. Phys Ther. 2018;98(11):918-24.. Além disso, como essa área de atuação ainda é pouco difundida nas graduações em fisioterapia, na maior parte das vezes o fisioterapeuta necessita de cursos e especializações específicas para se tornar apto a avaliar e tratar indivíduos com cefaleias.

Por fim, é importante enfatizar que, apesar de a ciência ainda engatinhar na área das cefaleias, os fisioterapeutas têm muito a colaborar com o tratamento desses indivíduos, promovendo alívio sintomatológico e melhora da funcionalidade, além de impactar positivamente a qualidade de vida. No entanto, nos cabe a constante e efetiva atualização da área, além de não se deixar sucumbir aos próprios vieses nas escolhas das nossas abordagens fisioterapêuticas.

REFERENCES

  • 1
    Souza WPO, Sousa-Santos PM, Silva-Néto RP. A historical review of headaches: who first described them and when did this occur? Headache J Head Face Pain. 2020;60(8):1535-41.
  • 2
    Assina R, Sarris CE, Mammis A. The history of craniotomy for headache treatment. Neurosurg Focus. 2014;36(4):E9.
  • 3
    Stovner LJ, Hagen K, Linde M, Steiner TJ. The global prevalence of headache: an update, with analysis of the influences of methodological factors on prevalence estimates. J Headache Pain. 2022;23:1-17.
  • 4
    ICHD-3-Brazilian-Portuguese.pdf [Internet]. [citado 25 de novembro de 2022]. Disponível em: https://ihs-headache.org/wp-content/uploads/2021/03/ICHD-3-Brazilian-Portuguese.pdf
    » https://ihs-headache.org/wp-content/uploads/2021/03/ICHD-3-Brazilian-Portuguese.pdf
  • 5
    Fernández-de-las-Peñas C, Florencio LL, Plaza-Manzano G, Arias-Buría JL. Clinical reasoning behind non-pharmacological interventions for the management of headaches: a narrative literature review. Int J Environ Res Public Health. 2020; 17(11):4126.
  • 6
    Sahai-Srivastava S, Sigman E, Uyeshiro Simon A, Cleary L, Ginoza L. Multidisciplinary team treatment approaches to chronic daily headaches. Headache J Head Face Pain. 2017;57(9):1482-91.
  • 7
    Fernández-de-las-Peñas C, Cuadrado ML. Physical therapy for headaches. Cephalalgia. 2016;36(12):1134-42.
  • 8
    Lemmens J, De Pauw J, Van Soom T, Michiels S, Versijpt J, van Breda E, Castien R, De Hertogh W. The effect of aerobic exercise on the number of migraine days, duration and pain intensity in migraine: a systematic literature review and meta-analysis.J Headache Pain. 2019;20(1):16.
  • 9
    Jung A, Eschke RC, Struss J, Taucher W, Luedtke K. Effectiveness of physiotherapy interventions on headache intensity, frequency, duration and quality of life of patients with tension-type headache. A systematic review and network meta-analysis. Cephalalgia. 2022;42(9):944-65.
  • 10
    Bini P, Hohenschurz-Schmidt D, Masullo V, Pitt D, Draper-Rodi J. The effectiveness of manual and exercise therapy on headache intensity and frequency among patients with cervicogenic headache: a systematic review and meta-analysis. Chiropr Man Ther. 2022;30(1):49.
  • 11
    Geneen LJ, Moore RA, Clarke C, Martin D, Colvin LA, Smith BH. Physical activity and exercise for chronic pain in adults: an overview of Cochrane Reviews. Cochrane Database Syst Rev. 2017;2017(1):CD011279.
  • 12
    Minen MT, Kaplan K, Akter S, Espinosa-Polanco M, Guiracocha J, Khanns D, Corner S, Roberts T. Neuroscience education as therapy for migraine and overlapping pain conditions: a scoping review. Pain Med. 2021;22(10):2366-83.
  • 13
    Krøll LS, Callesen HE, Carlsen LN, Birkefoss K, Beier D, Christensen HW, Jensen M, Tómasdóttir H, Würtzen H, Høst CV, Hansen JM. Manual joint mobilisation techniques, supervised physical activity, psychological treatment, acupuncture and patient education for patients with tension-type headache. A systematic review and meta-analysis. J Headache Pain. 2021;22(1):96.
  • 14
    Coppola G, Magis D, Casillo F, Sebastianelli G, Abagnale C, Cioffi E, Di Lenola D, Di Lorenzo C, Serrao M. Neuromodulation for chronic daily headache. Curr Pain Headache Rep. 2022;26(3):267-78.
  • 15
    Gibson W, Wand BM, Meads C, Catley MJ, O'Connell NE. Transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) for chronic pain - an overview of Cochrane Reviews. Cochrane Database Syst Rev. 2019;2019(4):CD011890.
  • 16
    Moore CS, Sibbritt DW, Adams J. A critical review of manual therapy use for headache disorders: prevalence, profiles, motivations, communication and self-reported effectiveness. BMC Neurol. 2017;17:61.
  • 17
    Venturine JS, Pires GMT, Pereira ML, Monteiro MGM, Meziat-Filho N, Nogueira LC, Reis FJJ. Overview of curricula about pain in physical therapist education programs in Brazil: a faculty Survey. Phys Ther. 2018;98(11):918-24.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    16 Jan 2023
  • Data do Fascículo
    Oct-Dec 2022
Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 937 Cj2 - Vila Mariana, CEP: 04014-012, São Paulo, SP - Brasil, Telefones: , (55) 11 5904-2881/3959 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: dor@dor.org.br