Resumo
Introdução
Ann Allart Wilcock, tendo como foco a ciência da ocupação, idealizou as dimensões ser, fazer, tornar-se e pertencer, relacionando saúde, bem-estar e ocupação. Em sua jornada acadêmica e profissional, buscou apresentar a interdependência das dimensões citadas com a pessoa e a comunidade. Quando uma pessoa sofre uma ruptura parcial ou total em suas ocupações, pode vir a sofrer repercussões biopsicossociais, espirituais e ocupacionais. O câncer ainda é visto como um diagnóstico relativo à morte, contudo, diante da identificação precoce, tratamentos e avanços em pesquisas, é possível promover bem-estar e qualidade de vida. Dentre os tratamentos, os cuidados paliativos possuem como um dos princípios garantir a integralidade nos cuidados, controle e manejo de sintomas, acompanhamento multiprofissional à pessoa, à família, aos cuidadores e à comunidade, do diagnóstico até o processo de luto pós-óbito.
Objetivo
Compreender as percepções das ocupações de pessoas em cuidados paliativos oncológicos, sob a perspectiva de Wilcock.
Método
Pesquisa qualitativa, com procedimento de pesquisa–ação, que realizou sete entrevistas semiestruturadas, no período de julho a agosto de 2022, em clínicas de cuidados paliativos.
Resultados
Os achados se apresentaram nas categorias de ser e fazer, expondo as percepções e relações ocupacionais da pessoa consigo e em seu entorno.
Conclusão
As relações do ser e fazer nos cotidianos e como o terapeuta ocupacional podem vir a identificar as ocupações prejudicadas por meio das dimensões e dar suporte à pessoa internada. Busca-se estimular novos saberes nas comunidades acadêmicas e profissionais com base no objeto de estudo em ocupação e nos contextos dos terapeutas ocupacionais no cenário nacional, bem como garantir uma prática baseada em evidências.
Palavras-chave:
Câncer; Cuidados Paliativos; Atividades Cotidianas