RESUMO
Introdução
No Brasil, o envelhecimento populacional impõe desafios à sociedade, entre os quais está o cuidado do idoso centrado na família. A ampliação da longevidade e as mudanças nos arranjos familiares aumentam a necessidade do cuidado formal.
Objetivo
Caracterizar o perfil do idoso não institucionalizado com incapacidade funcional, analisando o recebimento de ajuda no âmbito domiciliar, além de mensurar o déficit de ajuda na realização de pelo menos uma das atividades básicas da vida diária (ABDV).
Método
Os dados são provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013. Utilizou-se da análise descritiva e dos modelos de regressão logística.
Resultados
Os resultados mostraram que 17% dos idosos relataram alguma dificuldade em realizar pelo menos uma das ABVD. A incapacidade foi maior entre os idosos com menores níveis de riqueza, menos escolarizados e com morbidades. Entre aqueles com incapacidade funcional, 10% relataram não receber ajuda, sendo essa chance maior entre os mais pobres, morando sozinhos e mulheres. Apenas 6% dos idosos com incapacidade funcional recebiam ajuda por meio de um cuidador formal, sendo mais expressivo entre os idosos com ensino superior completo e riqueza mais elevada.
Conclusão
Esses resultados refletem a importância do poder aquisitivo para a contratação do cuidado formal que é de elevado custo.
Palavras-chave:
idoso; incapacidade; Assistência de Longa Duração; cuidadores