RESUMO
Introdução
A principal consequência da hanseníase é a deficiência física.
Objetivo
Identificar fatores de risco para deficiências físicas decorrentes da hanseníase.
Método
Estudo de caso-controle, realizado no Sistema de Informação de Agravos de Notificação de hanseníase entre 2001 e 2014, presente na 9ª Regional de Saúde da Paraíba. Os casos foram associados às pessoas que apresentaram grau de incapacidade física 1 ou 2 no diagnóstico ou na alta; bem como controles com grau de incapacidade física 0, tanto no diagnóstico quanto na alta. A proporção foi um caso para um controle. Os dados foram analisados nos programas Epi Info e BioEstat.
Resultados
Foram analisados 428 casos e 428 controles com risco para incapacidade física para pessoas maiores de 15 anos (96,5%; OR = 0,33; p <0,01), gênero masculino (59,3%; OR = 1,82; p < 0,01), baixa escolaridade (70,4%; OR = 2,66; p < 0,01), classificação multibacilar (72,9%; OR = 9,29; p < 0,01), lesões maiores ou iguais a cinco (34,3%; OR = 0,18; p < 0,01) e nervos afetados maiores que um (12,6%; OR = 0,05; p < 0.01). Observou-se diagnóstico tardio, falta/inadequação no preenchimento dos dados, ausência/não registro da avaliação dermatoneurológica e baixo controle dos comunicantes.
Conclusão
Ressalta-se a necessidade da vigilância ativa e detecção precoce dos casos e contatos.
Palavras-chave:
hanseníase; pessoas com deficiência; assistência; Atenção Primária à Saúde