Resumo
Introdução
hemofilia é uma coagulopatia rara, tratada com reposição do fator de coagulação deficiente.
Objetivo
avaliar custos diretos do tratamento da hemofilia pela perspectiva do Sistema Único de Saúde brasileiro, destacando o impacto nos custos das novas modalidades terapêuticas.
Método
análise econômica parcial dos custos diretos da hemofilia. Foram coletados dados de prontuários de pacientes do Hemocentro de Juiz de Fora de 2011-2015. Aos atendimentos, exames, hospitalizações e medicamentos, foram atribuídos custos conforme as Tabelas de Preços da Agência de Vigilância Sanitária e de Procedimentos e Medicamentos do SUS.
Resultados
entre 98 pacientes avaliados, 76 tinham hemofilia A e 43,3%, hemofilia grave. O número de consultas e o consumo de concentrados de fatores da coagulação foram mais altos na hemofilia grave. Hospitalizações foram raras. Os custos diretos aumentaram 286,8% entre 2011-2015. O custo anual médio por paciente foi R$57.416,43 sem diferença significativa entre hemofilia A e B. Os concentrados de fator corresponderam a 99,46% dos custos totais. O impacto nos custos foi de mais de R$6.000.000,00.
Conclusão
custos diretos da hemofilia são altos, principalmente devido aos concentrados de fator. O aumento nos custos com as novas tecnologias foi muito elevado embora ainda haja áreas com ineficiências no tratamento da hemofilia.
Palavras-chave:
hemofilia A; hemofilia B; custos e análise de custos; artropatias