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Atividade antifúngica e alterações ultraestruturais em Pseudocercospora griseola tratado com óleos essenciais

Pseudocercospora griseola, agente etiológico da mancha angular do feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris), é uma doença importante nas regiões produtoras de feijão em todo o mundo e pode causar perdas de produtividade extremamente elevados. O controle dessa doença é dificultado pela variabilidade genética do patógeno e da ineficiência de fungicidas. Neste estudo, de 26 óleos essenciais testados em concentrações diferentes, 25 demonstraram eficiência em inibir a germinação das linhagens 63-31 e 63-63 do agente patogênico, atingindo níveis de inibição entre 80% e 100%. Cymbopogon citratus e Cymbopogon martini inibiram a germinação de conídios em todas as concentrações; Eugenia caryophyllata, Cinnamomum sp., Thymus vulgaris, Matricaria recutita, Cordia verbenacea, Origanum vulgare, Cymbopogon nardus, em 0,1 e 0,5%, e Zingiber officinale, Mentha arvensis, Chamaecyparis pisifera, Lavandula officinalis, Ocimum basilicum, Pimpinella anisum, Ocimum selloi, Baccharis dracunculifolia, Laurus nobilis, Citrus sinensis, Melaleuca alternifolia e Eucalyptus globulus, em 0,5%. Os principais constituintes identificados foram cinamaldeído em Cinnamomum sp.; Eugenol em E. caryophyllata; trans-β-farneseno em M. recutita; pulegona em C. verbenacea; timol em T. vulgaris; geranial e neral em C. citratus e geraniol em C. martini. Através de microscopia eletrônica de transmissão (TEM), verificou-se que C. citratus, C. martini e E. caryophyllata apresentaram ação antifúngica direta sobre P. griseola, causando graves danos na ultraestrutura celular dos conídios, invalidando a germinação. Esses resultados indicaram que os óleos essenciais são uma estratégia alternativa promissora para o controle da mancha angular do feijoeiro, o que representa menos risco para a saúde humana e ao ambiente.

Mancha angular; microscopia eletrônica de transmissão; controle alternativo de doenças de plantas


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