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Indicadores biológicos da qualidade do solo em sistema agrossilvopastoril no noroeste do estado de Minas Gerais

Biological indicators of soil quality in agricultural-forestry-pasture system in northwest region of Minas Gerais state, Brazil

Estudos de qualidade do solo são importantes para o entendimento da interação dessa com o ecossistema como um todo. Nesse contexto, os microrganismos do solo desempenham papel fundamental para manutenção e produtividade de vários agroecossistemas. Objetivou-se, neste trabalho avaliar os atributos biológicos (carbono da biomassa microbiana, respiração basal e quociente microbiano), além do teor de carbono orgânico, possíveis indicadores das alterações na qualidade do solo impostas pelos diferentes sistemas de manejo, em relação ao cerrado nativo, em sistema agrossilvopastoril, no noroeste de Minas Gerais. Foram coletadas amostras, nas profundidades de 0-5, 5-20 e 20-40 cm, de um Latossolo Vermelho Distrófico típico (LVd), entre os municípios de Vazante e Paracatu. Os sistemas foram selecionados segundo o histórico de uso: (1) CN- cerrado nativo (testemunha); (2) EA- eucalipto + arroz (ano zero do sistema agrossilvopastoril, plantados após o desmatamento da vegetação nativa de cerrado); (3) ES-eucalipto + soja (ano um do sistema, semeadura da soja em substituição ao arroz); (4) EP- eucalipto + pastagem (ano dois do sistema, com pastagem de Brachiaria brizantha Stapf., para a engorda do gado de corte); (5) EPG- eucalipto + pastagem + gado de corte (ano três do sistema, com a introdução do gado de corte); (6) PP- pastagem plantada de Brachiaria brizantha Stapf.; e (7) EC- eucalipto no sistema convencional no espaçamento de 2,0 x 3,0 m. O carbono orgânico e o carbono da biomassa microbiana apresentaram valores mais elevados na camada superficial (0-5cm), em relação às demais, em todos os sistemas. O carbono orgânico mostrou alteração substancial em relação aos sistemas estudados e às profundidades, revelando seu potencial como indicador da qualidade do solo em termos de reflexos das modificações impostas pelo manejo. O teor de carbono da biomassa microbiana foi reduzido em todos sistemas estudados em relação ao cerrado nativo, em função da ação antrópica. Com o progresso do sistema agrossilvopastoril houve uma recuperação do carbono da biomassa microbiana. Não foi observada diferença significativa entre os sistemas de manejo e o cerrado nativo quanto ao quociente metabólico e à respiração basal.

Carbono da biomassa microbiana; sistemas de manejo; cerrado


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