RESUMO
O uso de pó de coco é uma prática de cultivo de baixo custo. Por isso, o objetivo desta pesquisa foi definir o efeito da proporção de pó de coco para aumentar a biossíntese de metabólitos secundários foliares e o crescimento de Passiflora alata Curtis (maracujazeiro-doce). Essa Passiflora possui relevância farmacêutica e o uso de substratos orgânicos pode promover o aumento da produção de compostos bioativos na fitomassa. Um experimento foi conduzido com três proporções de pó de coco em substrato comercial para mudas (SCM) (à base de turfa) (S1= 1:1, SCM: areia: pó de coco; S2= 1,5 :1,5:1 , SCM: areia: pó de coco e S3= 1:1, areia: SCM), em sete repetições. Após 68 dias, parâmetros de crescimento foram avaliados (altura, área foliar, número de folhas, diâmetro do caule e matéria seca) e as folhas utilizadas para preparar os extratos etanólicos. Com esses extratos, foi avaliada a atividade antioxidante total e a produção de compostos fenólicos, flavonoides, proantocianidinas e saponinas. A adição de pó de coco e substrato comercial para mudas não favoreceu o crescimento e a produção de metabólitos secundários, pois os melhores resultados foram observados em plantas cultivadas apenas em S3. Além disso, esse mesmo substrato foi eficiente para otimizar o crescimento, os teores de metabólitos e a capacidade antioxidante dos extratos foliares de P. alata, dispensando a suplementação de pó de coco no substrato. Portanto, a adição de pó de coco no SCM não é recomendada para aumentar a produção de metabólitos secundários e o crescimento de mudas de P. alata.
Termos para indexação:
Crescimento vegetal; resíduo orgânico; metabólitos secundários; maracujá-doce.
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