Estratégias de irrigação com água salobra e adubação potássica no cultivo de maracujazeiro amarelo

Pinheiro, Francisco Wesley Alves; Lima, Geovani Soares de; Gheyi, Hans Raj; Soares, Lauriane Almeida dos Anjos; Nobre, Reginaldo Gomes; Fernandes, Pedro Dantas

RESUMO

A alta concentração de sais nas fontes hídricas do semiárido do Nordeste brasileiro se destaca como um dos fatores limitantes para a expansão da fruticultura irrigada. Assim, é de suma importância a busca por estratégia capaz de amenizar o efeito do estresse salino sobre as plantas. Neste contexto, objetivou-se com este trabalho avaliar as trocas gasosas e a produtividade do maracujazeiro amarelo cultivado sob diferentes estratégias de irrigação com água salobra e adubação potássica em dois ciclos de produção. O experimento foi conduzido em condições de campo, utilizando o delineamento de blocos casualizados em esquema fatorial 6 × 2, correspondendo a seis estratégias de irrigação com água salobra aplicadas nos diferentes estádios fenológicos da cultura: SE - sem estresse, irrigação com água de baixa salinidade ao longo do ciclo da cultura; irrigação com água de alta salinidade apenas na fase vegetativa - VE; fase de floração - FL; fase de frutificação - FR; e sucessivamente nas fases vegetativa e floração - VE / FL; e fases vegetativa e frutificação - VE/FR, e duas doses de potássio (60 e 100% da recomendação), com quatro repetições e três plantas por parcela. Foi utilizada água de irrigação com alta (4,0 dS m^-1) ou baixa (1,3 dS m^-1) condutividade elétrica. A dose de potássio de 100% da recomendação correspondeu a 345 g de K₂O por planta ao ano. O maracujazeiro amarelo ‘BRS GA1’ é sensível ao estresse salino aplicado sucessivamente nas fases vegetativa e floração e vegetativa e frutificação, apresentando reduções na concentração intercelular de CO₂, taxa de assimilação de CO₂, eficiência instantânea do uso da água, número de frutos, e produção por planta. A irrigação com água de 4,0 dS m^-1 na fase de frutificação é uma estratégia promissora, pois não compromete a produção. A dose de potássio equivalente a 60% foi melhor que 100% da recomendação em termos de trocas gasosas e o rendimento.

Termos para indexação:
Osmorregulação; Passiflora edulis Sims; estresse salino

[1] ^*Corresponding author: geovanisoareslima@gmail.com

SV	DF	Mean squares
		gs	E	Ci	A	WUEi	CEi	TNF¹	Y
		First cycle
IMS	5	0.13^**	0.96^ns	2890.7^ns	163.7^**	6.13^**	0.005^**	367.03^*	24.2970^**
KD	1	0.05^ns	0.04^ns	6792.5^ns	18.9^ns	0.91^ns	0.0005^ns	295.02^*	16.8033^**
IMS × KD	5	0.01^ns	0.43^ns	1587.0^ns	12.5^ns	0.69^ns	0.0004^ns	143.67^*	6.2474^ns
Blocks	3	0.20^ns	1.22^ns	5458.5^ns	14.83^ns	0.04^ns	0.0005^ns	21.57^ns	1.5102^ns
Residual	33	0.01	0.68	1079.8	14.67	508.4	0.0006	57.42	3.5423
CV%		23.92	18.22	14.83	21.12	17.08	28.77	23.18	25.64
		Second cycle
IMS	5	0.061^**	0.48^ns	4227.4^*	65.11^**	4.20^*	0.0016^**	191.78^**	11.0331^**
KD	1	0.0080^ns	0.45^ns	553.5^ns	0.14^ns	1.97^ns	0.00010^ns	120.33^ns	0.2279^ns
IMS × KD	5	0.0095^ns	0.91^ns	268.9^ns	2.11^ns	1.26^ns	0.000032^ns	83.03^ns	2.0896^ns
Blocks	3	0.0058^ns	1.09^ns	2055.1^ns	0.99^ns	1.93^ns	0.000074^ns	65.47^ns	6.0661^ns
Residual	33	0.01	0.67	1764.35	6.59	1.44	0.00033	48.94	2.7960^ns
CV%		33.38	31.66	18.77	27.28	31.64	40.86	27.48	30.91

Brasil

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