A ótima relação energia/proteína é importante para o sucesso da piscicultura. Considerando que a mesma fornece o adequado desenvolvimento dos animais, este estudo foi realizado para avaliar a relação energia/proteína digestível ótima para alevinos de kinguio. Dietas foram formuladas para conter 28,0; 35,0; 42,0 e 49,0% PD e 3600 e 3200 kcal/kg. Foram avaliados: ganho de peso diário (GPD), consumo de ração aparente (CRA), conversão alimentar aparente (CAA), taxa de eficiência protéica (TEP), valor produtivo protéico (VPP), taxa de retenção de energia (TRE) e taxa de crescimento especifico (TCE). Com exceção do CRA, todos os parâmetros foram afetados pelos níveis de proteína e energia e interação entre os dois fatores foram observados. O modelo que melhor se ajustou aos parâmetros GPD, TCE, CAA, TEP e TRE foi o polinomial de segunda ordem com valores de exigência de 38,81; 38,85; 41,05; 41,80 e 39,39% DP, respectivamente, para o nível de 3200 kcal ED/kg. O modelo polinomial de segunda ordem foi significativo apenas para os dados de TRE no nível de 3600 kcal ED/kg, com valor de exigência 36,45% PD. Os peixes alimentados com dietas contendo 3200 kcal/kg apresentaram melhor desempenho de crescimento do que os alimentados com 3600 kcal/kg (P<0,01), indicando uma maior eficiência alimentar. 3200 kcal/kg ED parece ser o nível adequado encontrado para kinguio para maior ganho de peso. Com base nas condições experimentais deste estudo, recomenda-se a utilização de níveis entre 38,0-40,0% PD em rações para kinguios com 3200 kcal/kg ou uma relação proteína/energia entre 119-125 mg/kcal ED.
Requerimento energético; consumo de ração; exigência protéica; peixe ornamental