Trata-se da análise da intervenção dos agentes comunitários de saúde (ACS) do Programa de Saúde da Família, com relação a demandas sociais, tendo como base uma região do centro expandido de São Paulo, caracterizada pela presença de cortiços e ex-cortiços e de movimento popular de luta por moradia. Essa região contava com a atuação de cinco ACS, dos quais três eram lideranças do movimento social. As análises focalizaram a dimensão da educação popular oriunda da participação no movimento social, a partir de seus militantes que desempenhavam a função de ACS. Objetivou-se apreender se a implantação de políticas e programas sociais possibilita a produção de formas de consolidação das redes sociais de suporte para aqueles em situação de vulnerabilidade social. Trabalhou-se com pesquisa participante, entrevistas e observação. Aponta-se que as políticas e os programas sociais poderão atuar nas redes sociais se ampliarem seus horizontes de intervenção e buscarem a ação intersetorial.
Políticas públicas; Movimentos sociais; Educação popular; Programa de Saúde da Família; Intervenções sociais