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A suposta modernização das relações de trabalho nas incubadoras de empreendimentos

Muito se tem escrito sobre a desigualdade social nos países subdesenvolvidos e a incapacidade do Estado de garantir o exercício da cidadania a todos os indivíduos. Para muitos, foi o acelerado desenvolvimento da microinformática que consolidou a globalização, acirrando a desigualdade, tanto interna quanto entre países, e estabelecendo uma rede de conflitos. Simultaneamente, surgiram no Brasil novas formas de organização com a proposta de colaborar com o Estado na mobilização de setores socioeconômicos, visando ao resgate da cidadania dos excluídos. É o caso das associações da sociedade civil - formadoras do chamado terceiro setor -e das incubadoras de empresas; geralmente, criadas em universidades e institutos de pesquisa. Nessa discussão, o conceito de inclusão se torna mais amplo, pois agora não basta assegurar educação, saúde e renda, mas também incentivar a reflexão, a iniciativa e a autonomia, num processo que muitos chamam de empreendedorismo humano. A idéia é romper com o paradigma fordista (Tenório: 2000) do início do século XX, principalmente quanto às relações de trabalho. No caso do Brasil, o objetivo é conceber novas formas de organização que respondam às características do modelo de desenvolvimento do país, baseadas em modelos americanos de empreendedorismo social e econômico, mas apropriando-se desse modelo de forma crítica (Guerreiro Ramos: 1965). Apesar dos muitos desvios, boa parte dessas organizações tem sido bem-sucedida, no mínimo, pela criação de novos postos de trabalho; primeiro passo para o desenvolvimento social. Nesse sentido, este artigo pretende analisar supostas inovações nas relações de trabalho nas incubadoras de empreendimentos.

trabalho; incubadoras de empreendimentos


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