Acessibilidade / Reportar erro

A inserção da lógica de mercado no campo cultural: a relação entre as instituições bancárias e a cultura em Recife

The insertion of the logic of the market in cultural field: the relation between banking institutions and culture in Recife

Ao se falar de cultura pernambucana, percebe-se que alguns grupos responsáveis por manifestações tradicionais estão encontrando dificuldades em permanecer realizando essas atividades culturais. Este fato decorre, entre outros motivos, devido à reforma do Estado que tende, a cada dia que passa, a diminuir os investimentos diretos em cultura, fazendo-o por meio de leis de incentivo à cultura e renúncia fiscal. É nesse contexto que as instituições bancárias perceberam uma nova fatia do mercado a atingir: o setor cultural. A fim de obterem legitimidade perante a comunidade da qual fazem parte, os bancos começam a se utilizar dos mecanismos governamentais, como as leis de incentivo à cultura, para conseguirem isenção de impostos ao financiarem projetos culturais e, ao mesmo tempo, alcançarem visibilidade junto à mídia enquanto organizações socialmente responsáveis. Assim, propomo-nos a discutir de que modo está configurado o campo cultural que se formou a partir das ações de financiamento das instituições bancárias em Recife. Para isso, tomamos como base a Teoria Institucional, pois ela destaca aspectos como: o ambiente onde essas organizações estão inseridas e a noção de campo.

Cultura; Campo; Teoria Institucional; Instituições Financeiras


Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas Rua Jornalista Orlando Dantas, 30 - sala 107, 22231-010 Rio de Janeiro/RJ Brasil, Tel.: (21) 3083-2731 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: cadernosebape@fgv.br