Objetivou-se, neste trabalho, determinar o tempo ideal de estocagem da biomassa florestal, para uso na geração de energia, através da análise da variação das propriedades físicas e químicas da madeira com casca, durante o período de armazenamento. O estudo foi realizado no Município de Lages, SC, durante 18 meses. No experimento foram utilizadas toras com casca de Pinus taeda e Eucalyptus dunnii, de diâmetros variados, e costaneiras de Pinus spp., estocadas em pilhas. O material para análise foi coletado no estado recém colhido (testemunha), com dois, quatro e seis meses de estocagem. Foram utilizados quatro lotes, colhidos e estocados nas épocas de primavera, verão, outono e inverno. As propriedades avaliadas foram: teor de umidade na base úmida, poder calorífico superior e líquido e teor de cinzas. Com os resultados demonstrou-se que o tempo de estocagem teve influência sobre o teor de umidade e poder calorífico líquido, mas não sobre o poder calorífico superior e teor de cinzas. O tempo ideal de estocagem variou entre dois a quatro meses, dependendo da espécie e forma da biomassa e época do ano em que foi realizada a estocagem. O material de melhor qualidade após estocagem foi a costaneira de Pinus, seguida das toras de Eucalyptus. O pior comportamento foi das toras de Pinus.
Propriedades energéticas; Pinus taeda; Eucalyptus dunnii; tempo de estocagem de biomassa florestal