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O uso do coeficiente de correlação entre parcelas visando aumento de precisão em inventários florestais

Os inventários florestais têm sido realizados sem levar em consideração a relação existente entre as unidades amostrais. Esse fato se torna altamente questionável, principalmente quando nos cálculos estão envolvidas variáveis de natureza ambiental. Ao serem desprezadas as possíveis relações entre as unidades amostrais, a precisão advinda desses inventários florestais se torna distorcida em termos de amplitude do intervalo de confiança da variável estudada, sendo esta o volume em metros cúbicos. A magnitude e a forma dessa distorção variam conforme a intensidade da correlação existente entre unidades amostrais. Dessa forma, no presente trabalho, objetivou-se apresentar uma análise da incorporação do coeficiente de correlação no cálculo da variância da média no procedimento de amostragem sistemática, em uma população ou área de floresta nativa e, seu impacto na precisão das estimativas geradas, com a suposição de independência entre as unidades amostrais e, com a adição da correlação entre as unidades amostrais, sendo esta incorporação sugerida pelo autor Cochran. Os resultados obtidos mostram que o coeficiente de correlação, quando incorporado na fórmula da variância da média, aumentou em média 14,3% a precisão dos inventários florestais avaliados neste trabalho, fato este que conclui que tal efeito ocorrerá em qualquer inventário florestal realizado para qualquer população ou área florestal a ser avaliada.

Amostragem; variância da média; floresta nativa


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