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Potencial energético da biomassa e carvão vegetal do epicarpo e da torta de pinhão manso (Jatropha curcas)

Energy potential of biomass and charcoal of Jatropha curcas peel and pie

Na produção de biodiesel a partir de pinhão manso (Jatropha curcas), são gerados resíduos na forma de casca (epicarpo) e de torta. Uma das alternativas de uso desses resíduos é a produção de energia. Neste sentido, objetivou-se, com o presente trabalho, analisar o potencial energético da casca e da torta de J. curcas, caracterizando-os in natura e transformados em carvão vegetal. Foram avaliados o teor de umidade, de acordo com Vital (1997); a densidade do granel; a composição química imediata, segundo a norma ABNT NBR 8112/86 e o rendimento gravimétrico em carvão. O epicarpo apresentou teor de umidade de 18,9%, densidade do granel de 100kg/m³; teor de materiais voláteis de 72,6%, teor de carbono fixo de 13%, teor de cinza de 14,4% e poder calorífico superior de 3.641kcal/kg. Carbonizado o epicarpo produziu 38,1% de carvão vegetal, com 29% de material volátil, 45% de carbono fixo, 25% de cinza e poder calorífico superior de 3.954kcal/kg. A torta apresentou teor de umidade, em base seca, de 2,41%, densidade do granel de 601kg/m³; teor de materiais voláteis de 77,84%, teor de carbono fixo 14,21%, teor de cinza de 7,95% e poder calorífico superior de 5.122kcal/kg. Com a carbonização da torta, obteve-se 32% de carvão vegetal com 18,27% de materiais voláteis, 71,29% de carbono fixo, 10,43% de cinza e poder calorífico superior de 6.234kcal/kg. Os elevados teores de cinzas, tanto para a casca quanto para a torta, estão relacionados aos altos teores de constituintes minerais presentes nas suas respectivas estruturas anatômicas.

Resíduos; bioenergia; carbonização


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