RESUMO
A forma da copa das árvores pode ser utilizada como variável para compreender fatores de influência sobre o crescimento, principalmente as ações de manejo e as inter-relações com estruturas urbanas, mas também os riscos potenciais que podem existir. Nesta pesquisa objetivou-se avaliar o desequilíbrio da projeção das copas de árvores plantadas nas calçadas de três cidades brasileiras, a fim de determinar a existência e o tipo de assimetria e o ângulo de copa em relação ao eixo central do tronco. Mensurou-se o comprimento de quatros raios de projeção de copa, em cada árvore, comparando-os por meio do teste de Kruskal-Wallis. Cada copa foi enquadrada em uma de quatro classes de assimetria, a fim de caracterizar a uniformidade de projeção em relação ao eixo central do tronco. Dimensionou-se a distância entre o eixo central do tronco e o centroide da copa, com respectivo ângulo formado, a fim de caracterizar o desequilíbrio de projeção da copa. Constatou-se diferença significativa entre os raios de projeção de copa, com maiores valores para o raio de copa voltado para a rua e menores valores para o raio de copa voltado para a calçada. Nas três cidades avaliadas houve a predominância de indivíduos enquadrados na classe 3 de assimetria, a qual representa o modelo com as maiores deformações nas copas das árvores. Para a cidade de Bonito constatou-se o menor ângulo médio de projeção do centroide, com distinções entre as espécies amostradas.
Palavras chave:
Silvicultura urbana; Gestão de árvores urbanas; Árvores perigosas