Resumo
Este artigo analisa as perspectivas conflitantes de segurança das iniciativas de cooperação em defesa do hemisfério e da América do Sul. Enquanto a Organização dos Estados Americanos (OEA) se concentra no crime organizado e no terrorismo, reforçando os papéis de segurança interna das forças armadas, o Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS) prioriza as questões tradicionais de defesa nacional, defendendo papéis militares defensivos externos. Apesar de sua aparente consistência, o conceito de cooperação dissuasiva não se consolidou. Enquanto a literatura interpreta esse fracasso como um problema de cooperação, argumentamos que isso se deve a uma tendência regional mais profunda: a tendência de negligenciar a defesa externa em favor de papéis de segurança interna para as forças armadas. Depois de estabelecer uma estrutura conceitual sobre os papéis militares, mostramos como as duas perspectivas definem as atividades das organizações concorrentes. Em seguida, abordamos o conflito entre o conceito de segurança do CDS e as políticas de segurança dos membros. Finalmente, discutimos os obstáculos domésticos e estruturais às políticas de defesa da América Latina.
Palavras-chave
América do Sul; defesa; segurança; missões militares; novas ameaças.