OBJETIVO: Determinar a ocorrência do carcinoma incidental da próstata, suas características e fatores de risco para o diagnóstico em um grupo de pacientes tratados cirurgicamente para hiperplasia prostática benigna. MÉTODOS: O estudo compreendeu a análise retrospectiva de 218 pacientes. Após o tratamento cirúrgico, os pacientes com achado de carcinoma incidental da próstata foram comparados com os pacientes sem este achado. As variáveis pré-operatórias analisadas foram idade, toque retal, PSA, densidade do PSA, volume prostático e biópsia prostática pré-operatória. Também foram determinados a sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo do toque retal e do PSA para o diagnóstico do carcinoma incidental da próstata. RESULTADOS: Treze (6.2%) dos 218 pacientes apresentaram carcinoma incidental da próstata. Oito (61.5%) deles foram classificados com T1a e 5 (38.5%) como T1b. Apenas a idade avançada (p=0.003) e a presença de um toque retal suspeito (p=0.016) se relacionaram estatisticamente com este achado na peça cirúrgica. A sensibilidade, especificidade, valore preditivo positivo e negativo para o diagnóstico de carcinoma incidental da próstata foram de 23.0%, 96.6%, 30.0%, 95.2% para a presença de um toque retal suspeito e 85.0%, 34.1%, 7.5% e 97.2% para um valor de PSA maior que 4.0 ng/ml respectivamente. A exatidãos dois métodos foi de 92.2% e 37.1% respectivamente. CONCLUSÕES: A idade avançada e a presença de um toque retal suspeito representam os fatores de risco mais importantes para o diagnóstico de carcinoma incidental da próstata.
Hiperplasia prostática benigna; Prostatectomia; Antígeno prostático específico; Neoplasias prostáticas
