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Beta-fibrilose encefálica e cardíaca em idosos autopsiados

RESUMO INTRODUÇÃO: A amiloidose em idosos pode ser uma alteração independente e própria do envelhecimento. Entretanto, as características clínicas, fisiopatológicas e bioquímicas da Amiloidose relacionada à idade ainda permanecem incertas. OBJETIVO: Verificar se o coração e o encéfalo de indivíduos acima de 60 anos apresentavam depósito amilóide. MATERIAL E MÉTODOS: Foram estudados laudos consecutivos de autópsias de indivíduos acima de 60 anos realizadas entre 1976 e 2000, que apresentavam corações sem cardiopatias, com sorologia negativa para Doença de Chagas e encéfalos sem alterações morfológicas de encefalopatias, chegando a um n de 10 casos. Lâminas de fragmentos do coração e de encéfalo foram processadas e analisadas em microscopia de luz comum e polarizada. RESULTADOS: Dos 10 casos, 3 apresentaram depósito amilóide no encéfalo e 1 no encéfalo e no coração. Em 50% dos casos, os indivíduos tinham entre 60 e 69 anos. A relação entre o peso encefálico e o peso corporal mostrou ter uma associação significativa com os casos positivos, sendo esta menor em relação aos negativos. CONCLUSÃO: A análise conjunta de depósitos amilóides em encéfalo e coração de indivíduos idosos talvez direcione para um acometimento sistêmico comum ao envelhecimento natural. Alguma alteração adicional do organismo poderia determinar a quebra de um equilíbrio natural sobre o acúmulo dessas proteínas, levando dessa forma aos contextos patológicos da amiloidose.

Autópsia; Amiloidose; Coração; Encéfalo; Envelhecimento


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