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Evolução oncológica dos plasmocitomas ósseos para mieloma múltiplo

OBJETIVO: Avaliar os aspectos clínicos, diagnósticos, fatores de prognóstico e porcentagem de evolução dos casos de plasmocitoma para mieloma múltiplo. MATERIAS E MÉTODOS: Foram levantados 103 prontuários do Hospital das Clínicas da FMUSP, entre os anos de 1950 e 1998. Destes, 73 não foram utilizados por perda de seguimento ou por apresentarem diagnóstico diferente de plasmocitoma. RESULTADOS: Concluímos que a idade dos pacientes que evoluíram para mieloma múltiplo é inferior a dos pacientes que não evoluíram. A média do primeiro grupo foi de 52,3 ± 2,6 anos e a do segundo 62,6 ± 3,4 anos (média ± SEM; p=0,02). Não houve diferença estatística quanto ao sexo. Analisando pacientes com plasmocitoma que evoluiu para mieloma múltiplo, foi observada uma incidência maior de recidivas múltiplas (75%, p=0,049). Em ambos os grupos houve predominância de lesões da coluna vertebral. Não houve nenhuma diferença significativa entre os grupos com relação ao tempo de doença (desde o aparecimento dos sintomas até o diagnóstico) (p=0,20) e à sobrevida (p=0,34). Quanto ao tempo de evolução de plasmocitoma para mieloma, a média foi de 41 meses (DP=38,8), com uma taxa de evolução aproximadamente igual a 57%. CONCLUSÃO: Os pacientes que evoluíram para mieloma múltiplo são mais jovens. Não houve diferença significativa entre os dois grupos quanto ao sexo, tempo de doença e tempo de sobrevida. Em ambos os grupos a localização anatômica mais acometida foi a coluna vertebral. O tempo médio de evolução para mieloma múltiplo foi de 41 meses. Não foi possível calcular os fatores que influem na sobrevida dos pacientes com plasmocitoma e dos pacientes com plasmocitoma que evoluiu para mieloma múltiplo.

Plasmocitoma; Mieloma Múltiplo; Evolução clínica; Prognóstico; Células plasmáticas


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