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Prevalência de maloclusões na primeira infância e fatores associados em um serviço de atenção primária no Brasil

RESUMO

Objetivo

avaliar a prevalência de maloclusões e seus fatores associados em crianças atendidas em um Serviço de APS de Porto Alegre, Brasil.

Método

estudo transversal aninhado a uma coorte, realizado em 12 Unidades de Saúde. Das 414 crianças da coorte examinadas, 268 foram examinadas para maloclusão. A presença de mordida aberta anterior, mordida cruzada posterior e anterior foi avaliada pelos critérios de Foster e Hamilton. Variáveis socioeconômicas, hábitos de amamentação e informações sobre o uso de chupeta foram coletados por meio de questionário padronizado. A análise dos dados foi realizada por meio de uma abordagem hierárquica por Regressão de Poisson com variância robusta.

Resultados

do total de 268 avaliados, 135 (50,4%) eram meninos e a média de idade foi de 28,6 (± 11,9) meses. Dos 143 (53,4%) casos de maloclusão, 113 eram mordida aberta anterior, 16 eram mordida cruzada anterior, 27 eram mordida cruzada posterior e 38 tinham overjet acentuado. Na análise final, observou-se que houve maior prevalência de maloclusões em crianças que nunca foram amamentadas (RP = 1,44; IC95% 1,00-2,08) e que sempre usaram chupeta para dormir (RP = 1,81; IC95% 1,14 -2,86).

Conclusão

a prevalência de maloclusões nesta população foi elevada e esteve associada a hábitos comportamentais, como o uso de chupeta e a não amamentação.

Descritores
Má Oclusão; Atenção Primária à Saúde; Odontopediatria; Amamentação; Chupeta; Odontologia Preventiva

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