Acessibilidade / Reportar erro

Efeito da frenotomia lingual na amamentação e na atividade elétrica dos músculos masseter e supra-hióideos

RESUMO

Objetivo

Analisar os efeitos da frenotomia lingual na amamentação de recém-nascidos, com base na atividade elétrica dos músculos masseter e supra-hióideos e avaliação da mamada.

Método

Estudo observacional, desenvolvido entre outubro de 2017 e junho de 2018. Amostra de 20 recém-nascidos e lactentes de uma clínica odontológica, diagnosticados com anquiloglossia; 20 foram excluídos por se encaixarem em algum dos critérios de exclusão: ter mais de seis meses de vida, não fazer aleitamento materno exclusivo ou misto, apresentar outro comprometimento clínico que interfira na amamentação, ter iniciado a ingestão de outros alimentos, alterações neurológicas e/ou deformidades craniofaciais e não ter finalizado todas as etapas do estudo. A avaliação da amamentação seguiu o Protocolo de Observação e Avaliação da Mamada da UNICEF, e a avaliação da atividade elétrica muscular o Protocolo de Avaliação da Atividade Elétrica dos Músculos Masseter e Supra-hióideos em Recém-Nascidos Durante a Alimentação, ambas realizadas pela mesma fonoaudióloga antes da frenotomia convencional e sete dias após.

Resultados

Os sinais sugestivos de dificuldade na amamentação mudaram sete dias após a cirurgia, com valor de p≤0,002 para a observação geral da mãe, posição do bebê, pega e sucção. Houve diferença apenas no parâmetro integral da Contração Voluntária Máxima do masseter, com diminuição da atividade elétrica.

Conclusão

Sete dias após a frenotomia observou-se aumento de comportamentos favoráveis ​​à amamentação em todas as categorias de avaliação da mamada e diminuição da atividade elétrica do masseter.

Descritores:
Lactente; Recém-Nascido; Frênulo Lingual; Anquiloglossia; Eletromiografia; Aleitamento Materno; Fonoaudiologia

Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia Al. Jaú, 684, 7º andar, 01420-002 São Paulo - SP Brasil, Tel./Fax 55 11 - 3873-4211 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista@codas.org.br