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Qualidade de vida do fonoaudiólogo brasileiro frente à pandemia da COVID-19

RESUMO

Objetivo

Descrever a qualidade de vida (QV) do fonoaudiólogo brasileiro e relacionar com aspectos sociodemográficos, profissiográficos e relativos à atuação na pandemia de COVID-19.

Método

Estudo epidemiológico de base populacional, transversal. A pesquisa envolveu fonoaudiólogos do Brasil, que foram convidados a responder, on-line, o formulário WHOQOL-bref sobre a sua saúde e QV, além de questões sociodemográficas e profissiográficas.

Resultados

Participaram 609 fonoaudiólogos na faixa etária entre 21 e 65 anos e média de 34 anos. Menores pontuações no domínio físico da QV foram dadas por fonoaudiólogos do sexo feminino, que faziam atendimento ambulatorial, não trabalhavam em clínica particular, atuavam de forma indireta na pandemia, se afastaram do trabalho e cujo motivo de afastamento foram aspectos psicoemocionais; no domínio psicológico, sexo feminino, ausência de companheiro, que trabalhavam em clínica particular ou outro local e que atuaram de forma direta ou indireta na pandemia; no domínio relações sociais, ausência de companheiro, em atendimento ambulatorial, mas não em clínicas particulares; e no domínio meio ambiente, menores escores na raça/cor preta e parda, nos com ausência de companheiro, que faziam atendimento domiciliar, mas não em clínica particular ou gestão/administrativo ou outro.

Conclusão

O fonoaudiólogo brasileiro apresentou mais baixos escores de QV nos domínios psicológico e meio ambiente e verificou-se que a sua QV está relacionada a fatores como sexo, cor/raça, presença de companheiro, região do conselho, ambientes de atendimento, atuação direta com pacientes de COVID e diagnóstico de COVID-19.

Descritores
COVID-19; Qualidade de Vida; Fonoaudiologia; Profissionais de Saúde; Brasil

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