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EDITORIAL

O fascículo apresenta 13 artigos originais, dois artigos sobre audiologia, um sobre disfagia, cinco sobre linguagem, três sobre motricidade oral, um sobre voz e um sobre Fonoaudiologia Baseada em Evidências.

O primeiro artigo da área de audiologia, de Mello, Della-Rosa e Carvalho, avalia a função coclear em pais de indivíduos com deficiência auditiva de herança autossômica recessiva do gene GJB2 por meio das Emissões Otoacústicas Evocadas por Produto de Distorção em frequências ultra-altas; o estudo concluiu que indivíduos heterozigotos para a mutação do gene podem apresentar dano na função coclear antes de sua manifestação clínica. O segundo artigo da área de audiologia, de Campos, Bozza e Ferrari, avaliou as habilidades do AASIs em usuários novos e experientes, e verificou se estas habilidades influenciam no benefício e satisfação dos usuários; o estudo concluiu que não houve diferença da habilidade de manipulação entre usuários novos e experientes, e essas habilidades estavam relacionadas ao benefício obtido com o uso do AASI.

O artigo sobre disfagia, de Furkim, Silva, Honório, Coelho, Rolim, Alencar e Machado, buscou identificar os grupos de risco para disfagia orofaríngea em pacientes internados, e concluiu que há grande incidência de risco nesses pacientes e um índice ainda maior de pacientes internados em comprometimento nutricional ou já desnutridos.

O primeiro artigo da área de linguagem, de Cunha e Capellini, teve o objetivo de construir e validar um instrumento de avaliação da compreensão de leitura em escolares do ensino fundamental. O segundo artigo desta área, de Neves, Borsel, Pereira e Paradela, traduziu e adaptou transculturamente o Teste de Rastreamento Western Aphasia Battery-Revised para o cenário brasileiro. O terceiro artigo, de Befi-Lopes e Monteiro-Luperi, verificou a habilidade gramatical de flexão do tempo verbal no passado em crianças em desenvolvimento normal de linguagem entre quatro e seis anos, e concluiu que os sujeitos mais novos tiveram desempenho inferior com erros de modificação no tempo verbal, enquanto os mais velhos já dominam a habilidade de flexão do verbo. O quarto artigo, de Oliveira, Soares e Chiari, comparou a habilidade de leitura da fala entre indivíduos com deficiência auditiva e ouvintes, e concluiu que indivíduos com deficiência auditiva apresentam melhor desempenho nesta tarefa, o que pode ser influenciado pelo vocabulário, época de instalação da deficiência auditiva e realização de fonoterapia. O último artigo desta área, de Souza, comparou o desempenho das habilidades de consciência fonológica em escolares bilíngues e monolíngues de ambos os sexos, e concluiu que as crianças bilíngues apresentam maior domínio da habilidade de consciência fonêmica.

O primeiro artigo da área de motricidade oral, de Santos, Echeveste e Vidor, analisou a diferença entre indivíduos não fumantes e fumantes quanto às modificações nas percepções de olfato e paladar, e verificou a influência desses aspectos no aparecimento de movimentos compensatórios durante a deglutição. O segundo artigo, de Camacho, Oltramari-Navarro, Navarro, Conti, Conti, Fernandes e Marchiori, investigou a prevalência de Transtornos Temporomandibulares (DTM) em idosos e a sua associação com a palpação da articulação da ATM e músculos mastigatórios, e concluiu que há maior prevalência de DTM nos idosos do gênero feminino. O último artigo desta área, de López, Chiari, Goulart, Furkim e Guedes, comparou o desempenho da deglutição com o uso de copo e mamadeira em prematuros na primeira oferta do alimento por via oral, e concluiu que os recém-nascidos prematuros apresentam melhor desempenho de deglutição com o uso da mamadeira.

O artigo da área de voz, de Ribeiro, Paula e Behlau, teve como objetivo mensurar a qualidade de vida relacionada à voz de crianças/adolescentes com queixa vocal através da validação brasileira do Pediatric Voice-Related Quality-of-Life Survey (Qualidade de Vida em Voz Pediátrico - QVV-P); o estudo concluiu que a alteração vocal interfere na qualidade de vida, e que há relação entre a avaliação realizada por pais/responsáveis e os escores do QVV-P.

O artigo da sobre Fonoaudiologia baseada em evidências, de Moura, Cunha, Gomes e Silva, levantou na literatura instrumentos quantitativos utilizados para avaliação do olfato em estudos com crianças, constatando uma ausência de padronização dos instrumentos quantitativos.

Aproveitamos ainda para convidar todos para a 22a edição do Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia, que ocorrerá no período de 8 a 11 de outubro de 2014, na cidade de Joinville (SC). Conhecida como Cidade das Flores, das Bicicletas e da Dança, esta cidade catarinense será a casa da nossa Fonoaudiologia como ciência. Com o tema Da promoção à reabilitação, enfocando a Fonoaudiologia nos diferentes níveis de atenção à saúde, a diretoria da SBFa já está preparando o considerado segundo maior evento científico da Fonoaudiologia no mundo. Além de salas específicas para cada departamento científico e comissão de ensino com distribuição igualitária de atividades, os espaços Fonoaudiólogo Empreendedor e Pós-graduação contemplarão a profissão e a ciência. O congresso inovará com a 1a edição do Congresso de Fonoaudiologia em Educação, um evento paralelo voltado para professores e gestores com o objetivo de aproximar as discussões da atuação do fonoaudiólogo na área de educação, e o que é melhor, com os principais atores interessados. Com certeza veremos algumas dessas apresentações publicadas em artigos científicos em nossa revista.

Dr. Mara Behlau
Dr. Fernanda Dreux Editors of CoDAS

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Fev 2014
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