RESUMO
Objetivo:
Analisar os efeitos do tratamento da sericina, associada ou não ao exercício de natação com sobrecarga, sobre o reparo inicial do nervo isquiático após compressão em ratos Wistar.
Métodos:
Foram separados 40 animais em cinco grupos, sendo eles: controle; lesão; lesão-sericina; lesão-natação e lesão-sericina-natação. Durante o procedimento de axonotmese, a sericina foi aplicada sobre a lesão nos grupos lesão-sericina e lesão-sericina-natação. Os grupos lesão-natação e lesão-sericina-natação realizaram o exercício de natação com sobrecarga durante cinco dias, iniciando no terceiro dia pós-operatório (PO), sendo avaliados quanto à função, nocicepção e alodinia. A eutanásia foi realizada no oitavo dia PO, sendo que dois fragmentos do nervo foram coletados e preparados para análise quantitativa e descritiva em relação a quantidade total de fibras nervosas viáveis, não viáveis, diâmetro da fibra nervosa, do axônio e espessura da bainha de mielina.
Resultados:
No índice funcional isquiático não houve melhora significativa até o oitavo dia. O teste de Von Frey na cicatriz cirúrgica e fáscia plantar indicaram redução do quadro álgico e alodinia para os grupos lesão-natação e lesão-sericina-natação. A análise morfológica apresentou características semelhantes nos grupos lesão-sericina, lesão-natação e lesão-sericina-natação, porém houve diferença significativa das fibras nervosas não viáveis menores nos grupos lesão-natação e lesão-sericina-natação em relação aos demais.
Conclusões:
A proteína sericina isolada apresentou características pró-inflamatórias. Houve melhora da alodinia e diminuição do quadro álgico no local da incisão cirúrgica relacionadas a possível efeito aquático. Não houve aceleração do reparo nervoso no oitavo dia após a lesão. Nível de Evidência I; Estudo clínico randomizado de alta qualidade com ou sem diferença estatisticamente significante, mas com intervalos de confiança estreitos.
Descritores:
Materiais biocompatíveis; Compressão nervosa; Natação; Seda