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Avaliação de fraturas vertebrais ocultas em pacientes com fraturas do femur proximal

Objetivo:

Avaliar o índice de deformidade espinhal (SDI) e níveis séricos de vitamina D em pacientes tratados cirurgicamente por fratura do fêmur proximal e a relação desses dados com osteoporose.

Método:

Entre agosto e novembro de 2013, pacientes com mais de 50 anos e fratura cirúrgica do fêmur proximal por trauma de baixa energia foram submetidos à avaliação radiográfica da coluna vertebral e do nível sérico de vitamina D e questionados sobre diagnóstico e tratamentos prévios para osteoporose.

Resultados:

Sessenta e seis pacientes satisfizeram os critérios de inclusão. A média de idade foi 78 anos e o nível sérico médio de vitamina D foi 19 ng/mL. O SDI variou entre zero e 25, com média de 8,2. Oitenta por cento desses pacientes nunca receberam tratamento para osteoporose. Dos pacientes analisados, 89,3% tinham níveis insuficientes de vitamina D. Destes, 68,1% também tinham índice de deformidade espinhal acima de 5, e somente um quinto deles realizou algum tipo de tratamento para osteoporose. Houve significância estatística entre a idade e a concentração de vitamina D e entre a idade e o SDI. O sexo não foi preditivo dos níveis de vitamina D ou da quantidade de fraturas ocultas de coluna. A época do ano não teve influência sobre o nível de vitamina D dos pacientes.

Conclusão:

Pacientes internados com fratura de fêmur proximal apresentam índice de deformidade espinhal elevado associado à insuficiência de vitamina D, com osteoporose na maioria das vezes, não tratada, o que se traduz em diagnóstico tardio de fraturas de coluna e aumento no risco de novas fraturas.

Vitamina D; Fraturas da coluna vertebral; Osteoporose; Fraturas por osteoporose; Fraturas do fêmur


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