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CORREÇÃO DA ESCOLIOSE EM CRIANÇAS COM DEFEITOS CARDÍACOS CONGÊNITOS

RESUMO

Objetivo:

A finalidade deste estudo foi avaliar os resultados do tratamento em pacientes com deformidades da coluna vertebral e defeitos cardíacos congênitos.

Métodos:

Oitenta e sete crianças com idades entre 10 e 18 anos (27 meninos e 60 meninas) tiveram escoliose cirurgicamente tratada.

Resultados:

O ângulo mínimo do arco de curvatura foi 68°. Os parâmetros de deformidade foram avaliados com base na radiografia da coluna. Nos pacientes com formas combinadas e rígidas de escoliose, a correção foi realizada com instrumentação dorsal segmentar. Nas deformidades rígidas e quando não foi possível realizar a liberação ventral de acordo com as indicações somáticas, realizou-se a correção dorsal em um estágio, em condições de tração com halo combinada com osteotomia de Smith-Petersen (SPO) ou de Ponte. Em pacientes com comprometimento moderado da circulação sanguínea e curvatura rígida do arco principal, usou-se a cirurgia em dois estágios, com liberação ventral no ápice da deformação, seguida por tração com halo. No segundo estágio, realizou-se a correção e estabilização dorsal da coluna. Nos pacientes operados, a média de correção com instrumentação dorsal foi 64,2%. A fusão incluiu uma média de 12 vértebras. O grau de desrotação apical do corpo vertebral encontrado foi de até 30% da rotação inicial. Com o uso de sistemas híbridos e de gancho, o grau médio de desrotação foi 18%.

Conclusão:

De acordo com o exame clínico do primeiro ano, os parâmetros da função de respiração externa e permeabilidade bronquial tiveram melhora significante, de 10% para 30%, o que indica a natureza funcional das mudanças dos distúrbios cardiorrespiratórios. Nível de Evidência IV, Série de casos.

Descritores:
Osteotomia; Traumatismos da coluna vertebral; Respiração; Pediatria

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