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PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA CORREÇÃO DE DEFORMIDADES ESCOLIÓTICAS GRAVES USANDO FIXAÇÃO COM PARAFUSOS PEDICULARES

RESUMO

Objetivo:

Determinar a efetividade do tratamento cirúrgico de pacientes com escoliose idiopática com deformidade grave de coluna, usando só parafusos pediculares ou estruturas híbridas.

Métodos:

Análise retrospectiva dos resultados do tratamento de 34 pacientes com idade entre 15 e 27 anos com escoliose grave, submetidos a cirurgia com parafusos pediculares. O grupo de comparação consistiu de 22 pacientes submetidos a cirurgia com estruturas híbridas. Os pacientes dos dois grupos foram comparados de acordo com os seguintes parâmetros: ângulo de Cobb pré e pós-operatório, mobilidade, de acordo com o teste de tração, balanço sagital/frontal global, rotação vertebral apical, tempo de cirurgia, perda sanguínea intraoperatória, número de vértebras instrumentadas e perda de correção em 24 meses.

Resultados:

No Grupo A (parafuso pedicular), comparado ao Grupo B (estrutura híbrida), os pacientes tiveram resultados melhores nos seguintes parâmetros: correção pós-operatória de 48% vs. 41%, rotação vertebral apical de 78° para 55° (30%) vs. 74° para 59° (21%), balanço sagital/frontal global de 39/25 mm para 14/12 mm (64%/52%) e 35/26 mm para 16/15 mm (55%/43%) entre os grupos de tratamento, respectivamente. Esses resultados sugerem melhor balanço do tronco e maior correção pós-operatórios nos pacientes submetidos à fixação com parafusos pediculares. Verificaram-se valores menores de perda de correção da curva principal e também um ligeiro aumento da cifose torácica no período pós-operatório (24 meses) de 3,8% para 4,3% no Grupo A vs. 6,2% para 7,5% no Grupo B, o que indica maior confiabilidade e estabilidade do metal com fixação “só com parafuso”. Este é um estudo retrospectivo comparativo de Nível III.

Conclusão:

Todas as estruturas com parafusos pediculares possibilitaram melhor correção pós-operatória, desrotação, balanço sagital e frontal global, além de fixação mais curta em comparação com a fixação híbrida da coluna vertebral. Nível de evidência III, Estudo retrospectivo comparativo.

Descritores:
Osteotomia; Traumatismo da coluna vertebral; Escoliose

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