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Síndrome adjacente

OBJETIVO: Estudamos a incidência de SA de localização lombar tratada por cirurgia e fatores associados. MÉTODO: Estudo transversal retrospectivo. RESULTADOS: Foram encontrados 50 casos de SA em 1.662 casos operados, 530 na coluna lombar, incidência de 9,4%. A média de idade foi 62 anos. Principais sintomas: claudicação radicular (80%). Radiografias antes do primeiro nível que sofrerá SA: UCLA 1 (45%) e 2 (27%), lordose pré-revisão: 36° média 44° e pós-revisão. Pré-revisão: IP55°, VP26° PS 29º e pós-operatória IP56°, VP22° e PS34°. Desequilíbrio sagital pré-revisão 60% e pós-operatório 27%, equilíbrio, coronal recuperado nos 2 casos. A RM antes da primeira intervenção mostrou 83% com Pfirmann IV. Nível da SA: 38% L3-L4, L5-S1: 26%. Tipos de SA: estenose lombar agravada pela ântero-listese monossegmentar em 20 casos e por retro-listese em 14, estenose multissegmentar 4, hérnias de disco 4, fraturas por esmagamento 4, estenoses sem listese 4. Período entre as 2 cirurgias: em média 6 anos. CONCLUSÃO: A incidência de 9,4% de re-operação em cirurgias decorrentes de síndrome adjacente torna esta doença um problema importante a longo prazo, obrigando o cirurgião a tomar todas as medidas possíveis para evitar esta situação. Com os resultados deste estudo retrospectivo só poderíamos dizer que os segmentos mais propensos a desenvolver SA são os com Pfirmann IV na ressonância magnética e que se deve levar em conta a relação VP (20%) e PS (80%) pré e pós-operatória para voltar à condição mecânica perfeita da coluna vertebral. Estudos clínicos prospectivos são necessários para que se obtenham resultados mais conclusivos.

Síndrome; Doenças da coluna vertebral, Cirurgia; Radiografia


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