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Preditores de complicações clínicas em pacientes com trauma raquimedular

Objetivo: Analisar pacientes de um hospital terciário com trauma raquimedular que evoluíram com complicações clínicas intra-hospitalares, bem como as variáveis que podem interferir no prognóstico. Métodos: Estudo prospectivo de 321 pacientes vítimas de trauma raquimedular, que coletou dados sobre as seguintes variáveis: idade, sexo, etiologia do acidente, distribuição anatômica, estado neurológico, lesões associadas, complicações clínicas e mortalidade. Foram analisados apenas os pacientes que evoluíram com complicações. Resultados: Foram analisados 72 pacientes (85% do sexo masculino), com média de idade de 44,72±19,19 anos. Esses indivíduos com trauma raquimedular evoluíram com complicações clínicas intra-hospitalares, sendo a maioria do sexo masculino e com idade superior a 50 anos, sendo a principal causa a queda acidental. Além disso, esses pacientes apresentaram maior tempo de permanência hospitalar e risco de evoluir para o óbito. A pneumonia foi a principal complicação clínica. Com relação às variáveis que podem interferir no prognóstico desses pacientes, observa-se que o trauma raquimedular no segmento cervical com quadro sindrômico de tetraplegia e o estado neurológico ASIA-A apresenta maior risco de desenvolver complicações clínicas, sendo a pneumonia a mais frequente, assim como maior risco de aumentar a mortalidade. Conclusão: As complicações clínicas secundárias ao trauma raquimedular são influenciadas por fatores demográficos, assim como por características relacionadas com a lesão, interferindo no aumento da mortalidade.

Traumatismos da medula espinal/complicações; Traumatismo da coluna vertebral; Mortalidade


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