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COMPLICAÇÕES PÓS-CIRÚRGICAS EM PACIENTES COM MIELOPATIA ESPONDILÓTICA CERVICAL

RESUMO

Objetivo:

Identificar a incidência e o tipo de complicações pós-operatórias hospitalares em pacientes com mielopatia espondilótica cervical (MEC) tratados por acesso anterior e descrever as comorbidades presentes em pacientes que tiveram complicações.

Métodos:

Estudo de coorte, retrospectivo, observacional, e descritivo de fontes secundárias (prontuários médicos), em um período de três anos. Foram incluídos 180 casos tratados por acesso anterior, excluindo cirurgias de revisão.

Resultados:

Verificou-se incidência de complicações de 11,11% (20 casos), sem diferença estatisticamente significativa entre sexos. A principal complicação foi pneumonia (50%), associada à intubação prolongada (40%), seguida de comprometimento neurológico (20%). No momento da alta, ele foi encontrado na maioria das vezes para outra alta hospitalar (65% dos casos). A principal comorbidade presente foi hipertensão arterial sistêmica (31,58%, p = 0,46), seguida por tabagismo (26,32%, p 0,10).

Conclusões:

A maior incidência hospitalar de complicações pós-operatórias foi encontrada em pacientes com MEC tratados por acesso anterior com relação ao relatado na literatura. Constatou-se alta incidência de complicações nas vias aéreas não correlacionadas a edema de tecidos moles ou hematoma em mais da metade dos casos. A incidência de complicações nas vias respiratórias mostra uma área de oportunidade para melhorar os protocolos de extubação e manejo das vias aéreas na unidade de cuidados especiais pós-cirúrgicos. Nível de evidência III. Registro SIRELCIS: R-2014-3401-5. Estudo realizado sem apoio comercial.

Descritores:
Doenças da medula espinal; Traumatismo múltiplo; Período pós-operatório.

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