Acessibilidade / Reportar erro

Análise de pacientes com trauma raquimedular associado a traumatismo cranioencefálico

Objetivo:

Caracterizar vítimas de trauma raquimedular (TRM) associado a traumatismo cranioencefálico (TCE) e fatores de risco.

Métodos:

Estudo realizado com 52 vítimas de TRM associado a TCE. Foram estudadas as variáveis: sexo; idade; estado civil; profissão; escolaridade; religião; etiologia e região do TRM; condição neurológica pela escala da ASIA; lesões associadas e fatores de risco em potencial.

Resultados:

O sexo masculino (85%), a faixa etária entre 21-30 anos (25%), o estado civil de união estável (56%), o baixo nível de escolaridade (69%) e a religião Católica Apostólica Romana (77%) apresentaram um maior número de vítimas. O acidente automobilístico (58%) foi a principal etiologia. O segmento cervical teve maior risco de lesão (RR=3,48; p<0,0001). O estado neurológico ASIA-E (52%), o quadro sindrômico de cervicalgia (35%) e o índice de TCE leve (65%) foram os mais frequentes. As complicações atingiram 13 pacientes, sendo pneumonia a de maior frequência (62%). O tempo de internação foi significativamente maior (20 ± 28 dias), e 17% dos pacientes foram a óbito. Os homens (RR=2,14; p=0,028) e indivíduos expostos a acidentes com veículo automotor (RR=1,91; p=0,022) apresentaram maior risco de sofrer essas lesões concomitantemente. Além disso, esses pacientes apresentaram 2,48 (p<0,01) mais risco de morte que vítimas de TRM isolado.

Conclusões:

O TRM associado ao TCE foi mais frequente em homens, adultos jovens, além de indivíduos expostos a acidentes com veículo automotor. A coluna cervical tem mais risco de ser afetada. Além disso, o tempo de internação é significativamente maior e os indivíduos analisados apresentaram mais risco de óbito.


Sociedade Brasileira de Coluna Al. Lorena, 1304 cj. 1406/1407, 01424-001 São Paulo, SP, Brasil, Tel.: (55 11) 3088-6616 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: coluna.columna@uol.com.br