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Tratamento cirúrgico da estenose degenerativa lombar: comorbidades e complicações

Objetivos:

Estudar as características dos pacientes que foram submetidos ao tratamento cirúrgico da estenose lombar degenerativa nos últimos 10 anos (2000-2010) no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMR-USP), e correlacionar as complicações pós-operatórias e as comorbidades pré-operatórias encontradas na população estudada.

Métodos:

Avaliação retrospectiva dos prontuários e exames radiográficos dos pacientes portadores de estenose lombar degenerativa submetidos a tratamento cirúrgico. Análise dos dados descritivos com o programa SAS 9.0.

Resultados:

Foram incluídos 92 pacientes, sendo 47 (51,08%) do sexo masculino e 45 (48,91%) do sexo feminino, com idade que variou de 32 a 86 anos (média de 64,27). As comorbidades mais prevalentes foram a hipertensão arterial sistêmica (47,82%) e o diabetes mellitus (25%). Vinte e três pacientes (25%) apresentaram duas ou mais comorbidades associadas. A infecção pós-operatória foi a complicação mais comum, encontrada em 12 casos (13%). Os pacientes que tinham apenas uma comorbidade pré-operatória apresentaram iguais índices de complicação frente à população sem comorbidades. No entanto, pacientes com duas ou mais comorbidades apresentaram maior incidência de complicações pós-operatórias (p < 0,001).

Conclusão:

A presença de comorbidades influenciou negativamente o resultado do tratamento cirúrgico da estenose lombar degenerativa, com maiores índices de complicações pós-operatórias.

Estenose espinhal/cirurgia; Claudicação intermitente; Hipertensão; Diabetes mellitus


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