RESUMO
Objetivo:
Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes com fratura da coluna vertebral e as características da população de risco atendida em um hospital universitário.
Métodos:
A população do estudo é composta de 202 pacientes diagnosticados e tratados por fratura de vértebras devido a trauma. As variáveis foram correlacionadas entre si e consideradas estatisticamente significantes as correlações com p < 0,05.
Resultados:
A relação da incidência do trauma entre os sexos foi 3:1 para o sexo masculino. A média de idade foi 37 anos e a faixa etária de maior incidência entre 20 e 39 anos. Os acidentes de trânsito foram o mecanismo de mais frequente (51,2%) e em segundo lugar, as quedas (33,2%). Houve correlação estatística dos mecanismos de trauma conforme faixa etária e região da coluna vertebral. A fratura de primeira vértebra lombar (L1) representou sozinha 21,5% de todos os casos estudados associados ao mecanismo queda. A lesão raquimedular foi registrada em 33,7% dos indivíduos da amostra. Um total de 57,3% dos pacientes foi submetido a tratamento cirúrgico e 41,7% ao conservador. O tempo de internação médio foi de 15 dias.
Conclusões:
As fraturas de coluna são importantes determinantes de morbidade e mortalidade da população, com impacto principal nos indivíduos economicamente ativos, sobretudo do sexo masculino. Estão diretamente associadas a acidentes de trânsito na população jovem e a quedas nas faixas etárias maiores. A prevenção primária do trauma é o principal mecanismo para mudança desse cenário.
Descritores:
Traumatismos da coluna vertebral; Epidemiologia; Fraturas da coluna vertebral; Coluna vertebral; Prevenção de acidentes