Acessibilidade / Reportar erro

Casa e mercado, amor e trabalho, natureza e profissão: controvérsias sobre o processo de mercantilização do trabalho de cuidado* * Este artigo é uma versão ligeiramente revista da intervenção, de igual título, proferida na Mesa Redonda “Mercados Contestados – As novas fronteiras da moral, da ética, da religião e da lei”, por ocasião do VII Encontro Nacional de Estudos do Consumo, Rio de Janeiro, Pontifícia Universidade Católica, em 25 de setembro de 2014.

Resumo

Neste artigo tomo o trabalho do cuidado como domínio empírico a partir do qual construirei minha reflexão. Observando-o a partir da sua imersão em diversas situações – se exercido na casa ou fora dela, no quadro de uma relação compulsória ou profissional, gratuito ou remunerado –, procurarei reunir elementos para refletir numa dupla direção. Em primeiro lugar, arguirei que a atividade de “cuidado com/do outro” (“care”) é um rico domínio para revisitarmos debates recentes sobre o processo de mercantilização de um determinado bem ou serviço. Em segundo lugar, procurarei ilustrar como a controvérsia em torno do trabalho do cuidado, no sentido da sua contestação moral, pode ser relevante para os estudiosos dos mercados.

Cuidado; Mercantilização; Contestação moral

Núcleo de Estudos de Gênero - Pagu Universidade Estadual de Campinas, PAGU Cidade Universitária "Zeferino Vaz", Rua Cora Coralina, 100, 13083-896, Campinas - São Paulo - Brasil, Tel.: (55 19) 3521 7873, (55 19) 3521 1704 - Campinas - SP - Brazil
E-mail: cadpagu@unicamp.br