Resumo
Neste texto, situo documentos escritos por Mariza Corrêa nas décadas de 1990 e 2000, considerando as problemáticas neles abordadas e as inovações que ofereceram nos campos de conhecimento nos quais foram produzidos, relacionando esses aspectos com a trajetória de pesquisa da autora. Além disso, contextualizo os textos levando em conta os momentos nos quais eles foram escritos, oferecendo assim elementos para contribuir com uma história do legado de Mariza Corrêa e, paralelamente, com a história da antropologia no Brasil.
Mariza Corrêa; História da Antropologia; Feminismos; Gênero
Abstract
In this text I present documents written by Mariza Corrêa in the 1990s and 2000s, considering the issues they address and the innovations they offered to the fields of knowledge in which they were produced. Relating these aspects to the author's research trajectory, I also contextualize the texts taking into account the moments in which they were written. Thus, the article offers elements to contribute to a history of Mariza Corrêa's legacy and, in parallel, to the history of anthropology in Brazil.
Mariza Corrêa; History of Anthropology; Feminisms; Gender
Lendo a bela apresentação de Amanda Gonçalves Serafim a estes documentos pensei nos diferentes encontros suscitados pelos textos de Mariza Corrêa. Em meu caso, a leitura deles remete às evocações da memória, pois acompanhei de diversas maneiras os momentos de escrita deles.
Quando surgiu a possibilidade de preparar algumas páginas para situar esses documentos fiquei animada, esperando que um trabalho de Mariza que persigo há anos estivesse entre eles. O título dele é: As armas e os barões assinalados e foi escrito/apresentado em um seminário acadêmico nos primeiros anos da década de 1980, quando ela ainda entesourava a ideia de desenvolver estudos sobre família no Brasil, de talvez coordenar um projeto coletivo de pesquisa. Era um texto breve, mas instigante, que tratava dos casamentos entre famílias de comerciantes no Rio Grande do Sul de finais do século XIX. A análise do material de arquivo ao qual ela teve acesso na época permitia sugerir que os casamentos entre integrantes de algumas das famílias mais poderosas, em termos econômicos e políticos, de Porto Alegre, se reiteravam ao longo das gerações, atualizando laços que possibilitavam ampliar seus recursos, expandindo também os negócios.
Mariza me deu de presente uma cópia xerox desse texto quando ingressei no mestrado em antropologia social na Unicamp em 1984, afirmando o meu interesse em trabalhar com famílias em uma perspectiva feminista. Nesse momento me tornei sua terceira orientanda1 1 Heloísa André Pontes foi sua primeira orientanda e Néstor Perlongher o segundo. . Guardei o texto durante muitos anos nos arquivos de metal de cor cinza esverdeado, com pastas suspensas, que usávamos na época. Finalmente, numa mudança de casa, o perdi.
Li esse artigo com interesse na época, mas só muitos anos depois percebi quanto ele marcou os caminhos analíticos que segui em meu mestrado e doutorado ( Piscitelli, 1989PISCITELLI, Adriana. Histórias que as histórias de amor contam. In: COSTA, Albertina de Oliveira; BRUSCHINI, Cristina (org.). Rebeldia e Submissão. São Paulo, Vértice, 1989, v. 1, pp.121-143. ; 2006). Esse trabalho, pelo qual Mariza sentia especial carinho, estava redigido com o estilo marcante de sua escrita, envolvente, no qual as escolhas teóricas encravadas nos textos não eram necessariamente explicitadas. Ele antecipava ideias próximas às das estratégias matrimoniais de Bourdieu (2004)BOURDIEU, Pierre. El baile de los solteros. Trad. Thomas Kauf. Barcelona, Anagrama, 2004. em textos que eu só leria anos mais tarde.
Esse texto expressa as inquietações da época de Mariza Corrêa que, depois de trabalhar com as normas relativas a feminilidades e masculinidades acionadas nos julgamentos dos “crimes de honra” (Corrêa 1981; 1983), voltava sua atenção para as famílias, âmbito central no qual eram delineados no que na época recebia o nome de “papéis de gênero”. Essas preocupações se expressam em artigos marcantes da autora que foram apresentados em congressos e/ou publicados alguns anos mais tarde ( Corrêa, 1982CORRÊA, Mariza. Apresentação. Colcha de retalhos. Estudos sobre a família no Brasil. 2. ed. São Paulo, Brasiliense, 1982. ; 1984a; 1984b; 1988).
O texto que procuro ainda não foi localizado no arquivo de Mariza, mas evocá-lo contribui para situar os documentos aqui publicados. Quando cheguei à Unicamp, ela já estava envolvida nos projetos sobre história da antropologia que desenvolveria durante muitos anos. Nesse momento, Mariza atribuía a Manuela Carneiro da Cunha a “herança” desses projetos, pois segundo ela Manuela os teria ideado e Mariza teria sido uma colaboradora. No entanto, Manuela acabava de deixar a Unicamp, incorporando-se na USP.
O currículo de Mariza está disponível on-line, na base lattes, incompleto2 2 https://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do , consultado em 4 de novembro de 2023. . Ela não gostava do trabalho de atualizá-lo, numa relutância que, acho, ia além da “preguiça” suscitada por essa tarefa em todo nós. Parece-me que estava associada a certa timidez, vinculada à humildade que marcava sua personalidade. Apesar de incompleto, ele oferece pistas para referendar minhas lembranças. De acordo com o lattes, os primeiros projetos sobre a problemática da história da antropologia de Mariza foram realizados entre 1983/84 e entre 1986/88, com o mesmo nome e financiado por diferentes agências de apoio à pesquisa: História da Antropologia no Brasil (1930-1960): testemunhos. 3 3 Esses projetos contaram com financiamentos diferentes, da Financiadora de estudos e projetos, talvez a antecessora do atual FAEPEX, fundo de apoio à pesquisa da Unicamp, da Fapesp e do CNPq. O primeiro desses projetos foi formulado apenas dois anos depois de Mariza ter finalizado um projeto com apoio da Fundação Ford (1979/1981) intitulado Imagens de Mulher.
Em 1985 Mariza ofereceu para nós, alunos de mestrado, uma disciplina sobre história da antropologia e todos os que nela participamos viajamos juntos, de ônibus, para um encontro acadêmico em Belo Horizonte, apresentando trabalhos sobre um ou outro aspecto da história da antropologia, um ou outro autor contemplado na pesquisa. Eu, ainda insegura com o pouco conhecimento que tinha do Brasil, optei por apresentar um trabalho sobre história da antropologia na Argentina. Mariza tinha um pequeno recurso que pagou essas viagens, hospedagens e comidas baratas e ainda nos convidou a um jantar “caro” em um restaurante que servia pratos de “caça” e que ela gostava de frequentar quando morou nessa cidade. Esse evento, o primeiro no qual apresentava trabalho no Brasil, foi inesquecível para mim. E era evidente o orgulho que ela sentia, mostrando os resultados iniciais da pesquisa através das apresentações de seus alunos.
Belo Horizonte, 1985. Mariza Corrêa e alunos da disciplina História da Antropologia no Brasil. Embaixo, à direita, de óculos, Jose Augusto Laranjeiras Sampaio, que mais tarde seria professor na Universidade Estadual da Bahia, especialista em direitos indígenas. Acima, no lado direito, Mariza Corrêa, de óculos, e Adriana Piscitelli entre dois colegas.
A notável habilidade de Mariza para articular as/os estudantes em torno dela fez com que depois nos tornássemos seus colaboradores para receber os entrevistados que chegavam a Campinas a dar os seus testemunhos. Lembro com particular prazer da visita de Thales de Azevedo, de quem, instados por Mariza, todos lemos o delicioso livro Namoro à antiga, tradição e mudança (1975), sobre o qual esperava que fizéssemos perguntas.
Nesses anos iniciais desse projeto que envolveria gerações de alunos, Mariza já estava profundamente interessada no lugar das mulheres na história da antropologia, o que fazia todo o sentido considerando sua trajetória de pesquisa. Quase desde o começo, ela percebeu a (não reconhecida) importância que as esposas de importantes antropólogos tiveram em suas obras, sendo em ocasiões também elas cientistas e praticamente coautoras.
Eu tinha decidido trabalhar com família, o que alegrava a Mariza. No entanto, vez por outra ela me perguntava se não preferia mudar de tema e trocar pelas mulheres na história da antropologia. Eu respondia rindo que não e ela dizia, então terei que fazê-lo eu. Ao longo dos anos, esses interesses foram sendo desenvolvidos por ela em pesquisas apoiadas por bolsas de produtividade do CNPq, para os projetos Ciência – substantivo feminino singular (1998/2003) e Antropólogas e Antropologia (1999/2003).
“Girl Friday”, apresentado em 1992 em Amsterdam, na conferência Alice in Wonderland, First Conference on girls and girlhood , faz parte desse percurso. Foi escrito em um momento em que Mariza estava impressionada ao perceber a recorrência de casos de esposas de antropólogos que tinham sido profissionalmente treinadas, algumas inclusive como antropólogas, e deixaram suas carreiras ao casar, tornando-se, como Helen Pierson, “ajudantes”. No entanto, apesar dessa autopercepção, Mariza considerava que foram figuras fundamentais no desenvolvimento dos trabalhos de campo e das escritas antropológicas que deles resultaram.
Descobrimos no PAGU a existência da conferência em Amsterdam. E o termo descobrir é apropriado para uma época em que a internet ainda estava em desenvolvimento e esse tipo de anúncios chegavam pelo correio, ou eram comunicados boca a boca. Margareth Rago, professora do Departamento de História da Unicamp e integrante do PAGU nesse momento, e eu, que era doutoranda em Ciências Sociais, propusemos a Mariza que viajássemos para apresentar nossos trabalhos em curso. Nesse momento Mariza era Diretora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, cargo que ocupou entre novembro de 1989 e outubro de 1993, e relutava em deixar o Instituto para participar na Conferência.
Finalmente aceitou. Obtivemos um financiamento para as passagens das três. Mariza também obteve diárias, que generosamente dividiu conosco. Assim, fomos parar no terceiro andar pelas escadas de um hotelzinho, em Amsterdam, onde as três dividimos um quarto para “esticar” essas diárias. Acho que foi a primeira viagem a Europa da Mariza, que tinha morado anteriormente nos Estados Unidos, acompanhando seu marido, o sociólogo Plínio Dentzien4 4 Viagens posteriores foram realizadas por ela a Londres, onde participou, convidada pela Fundação Ford, no International Meeting on Strategies to Address 'Crimes of Honour' , em 2002, e a Lisboa, em função de convites para participar em seminários e de um projeto internacional realizado pelo PAGU em colaboração em com a Universidade Livre de Lisboa. . Era primavera em Amsterdam, ela estava fascinada com a beleza da cidade, os museus, as comidas.
A viagem foi deliciosa e o tema da conferência, a girlhood , suscitou ideias que contribuíram com um dos importantes insights de Mariza sobre o seu trabalho com antropólogas e antropologia: “para começar a carreira de pesquisadora, era preciso ser (ou ser vista como) uma menina – quando não se era ainda uma esposa. Tornar-se uma esposa, entretanto, não garantia a continuidade nessa carreira. Os depoimentos de antropólogos da época estão cheios de nomes de mulheres que começaram suas carreiras quando meninas e que, uma vez casadas, as deram por terminada” (documento 1). Observo que relendo esse documento fiquei profundamente emocionada quando percebi as citações do belo livro de Helen Morley, Minha vida de menina , publicado em 1942, no qual é descrita a infância das meninas no Brasil rural de finais do século XIX, com o qual ela me presenteou pois tinha relação com a minha pesquisa de mestrado.
O segundo documento de Mariza Corrêa aqui publicado, Meus encontros com Ruth Landes, datado em 2003, expressa os interesses de “longa duração” da autora em relação a gênero que, nesse momento da trajetória dela, se voltava para as mulheres na história da antropologia. No entanto, o faz em uma linha diferente à que orienta o primeiro documento.
Nesse documento, a autora reflete sobre as difíceis trajetórias daquelas cientistas que enfrentaram os trabalhos de campo sem a companhia legitimadora de um marido. O texto é autoexplicativo em termos do interesse que nela suscitava Ruth Landes, que se iniciou no período no qual ela morou nos Estados Unidos, na década de 1970, mas foi ativado intermitentemente.
Muitas vezes ouvimos a Mariza falar sobre essa autora. Ela lembrava com frequência como circunstâncias e problemáticas teóricas na pesquisa que ela própria desenvolveu em Salvador para a sua tese de doutorado sobre Nina Rodrigues (2000) a fizeram evocar as experiências de Landes nessa cidade. O seu interesse pareceu ser reavivado no grupo de trabalho Gênero e Raça, coordenado por ela e por Suely Kofes5 5 Esse grupo de trabalho, aliás, foi marcante nos estudos sobre raça e gênero no Brasil. Os textos apresentados foram publicados no dossier Raça e Gênero, dos cadernos pagu contando, entre as autoras, com a participação de Nilma Limo Gomes (1996) , pedagoga que posteriormente foi reitora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), em 2013 e, em 2015, foi nomeada pela presidente Dilma Rousseff para ocupar o novo Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, que uniu as secretarias de Políticas para Mulheres, Igualdade Racial, Direitos Humanos e parte das atribuições da Secretaria-Geral. Nessa reunião, Mariza Corrêa apresentou o texto “Sobre a invenção da mulata” (Corrêa, 1996). , na XX Reunião Brasileira de Antropologia e I Conferência Relações Étnicas e Raciais na América Latina, que teve lugar em Salvador, em abril de 1996.
Nessa ocasião, Mark Healey, professor do Departamento de História da Universidade de Duke, apresentou o texto Os desencontros da tradição em cidade das mulheres: Raça e Gênero na etnografia de Ruth Landes ( Healey, 1996HEALEY, Mark. Os desencontros da tradição em cidade das mulheres: raça e gênero na etnografia de Ruth Landes. cadernos pagu 6/7, Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 1996, pp.153-200. ). No artigo, o autor argumenta que Landes havia sido vítima de exclusão acadêmica na década de 1940, particularmente por seu enfoque na análise de gênero, mas tinha sido reivindicada nos anos 90 como pioneira feminista em termos da realização de etnografia de raça e gênero. Healey aponta para a novidade da autora, no que se refere à análise simultânea de raça e gênero. Ele também assinala que essa tentativa não deixava de seguir aspectos dos trabalhos de Ruth Benedict e de Margareth Mead. O autor também sublinha a reiteração colonialista da percepção de Landes sobre os “primitivos”. Nesse texto, publicado no cadernos pagu , Healey agradece a Mariza Corrêa, assim como a outras intelectuais, pela ajuda na escrita e reescrita desse texto. E, de fato, o diálogo de Mariza com ele, na época, foi intenso.
A diferença é que ela se distancia dessas discussões sobre raça e gênero na obra de Landes, situando-as numa leitura inovadora. No documento aqui publicado Mariza dá uma virada radical nas discussões sobre a obra de Ruth Landes ao situar a difícil experiência de pesquisa dessa antropóloga, as perseguições e exclusões que sofreu e suas análises sobre raça e gênero, na ótica de uma história da ciência, ou, em seus termos, da história intelectual, marcada por gênero e desdobrável em diversos planos: local, em Salvador; nacional, no qual as lideranças intelectuais disputavam as definições das ciências que professavam e ocupavam lugares estratégicos e, finalmente, internacional, onde essas disputas se expressavam e ganhavam nova ressonância.
Finalmente, o terceiro documento, a comemoração do cinquentenário da primeira Reunião Brasileira de Antropologia, também datada em 2003, expressa inquietações e ideias sobre a conformação da antropologia nacional que ela percebia, nesse momento, como uma antropologia da sociedade nacional produzida a partir de uma ótica antropológica multinacional. Com um afiado espírito crítico, ela questiona as separações na antropologia brasileira, os fechamentos em campos temáticos, tomando como exemplo a etnologia. E mais uma vez, os estudos de família e os estudos de gênero são evocados como espaços férteis no sentido de serem locus onde essas separações estavam sendo superadas, onde as trocas entre “rural, urbano, tribal” estariam sendo feitas.
Encerro aqui os comentários sobre estes documentos, esperando ter oferecido algumas ideias sobre o contexto no qual acho que eles foram escritos. E também espero haver contribuído para sustentar minha sugestão sobre as relações de “longo prazo” que, na minha percepção, orientaram a obra de Mariza Corrêa, entre estudos sobre mulher e família e história da antropologia.
Referências bibliográficas
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- CORRÊA, Mariza. Repensando a família patriarcal brasileira. In: Colcha de retalhos. Estudos sobre a família no Brasil . 2. ed. São Paulo, Brasiliense, 1982.
- CORRÊA, Mariza. Morte em família: Representações jurídicas de papeis sexuais. Rio de Janeiro, Graal, 1983.
- CORRÊA, Mariza: Mulher & Família: um debate sobre a literatura recente. Boletim Informativo e Bibliográfico de Ciências Sociais (BIB) , n.18, Rio de Janeiro, 1984a, pp.27-44.
- CORRÊA, Mariza. A imagem fugaz: a família na antropologia brasileira. In: II Painel Cultura e Ideologia, 1984b.
- CORRÊA, Mariza. Gilberto Freyre e Os Modelos de Família No Brasil. In: Paradigmas históricos para o estudo da família no NE. Recife, PE, 1988.
- CORRÊA, Mariza. As ilusões da liberdade: A Escola Nina Rodrigues e a antropologia no Brasil. 2. ed. Bragança Paulista, Editora da Universidade São Francisco, 2000.
- GOMES, Nilma Limo. Educação, raça e gênero: relações imersas na alteridade. cadernos pagu 6/7, Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 1996, pp.67-82.
- HEALEY, Mark. Os desencontros da tradição em cidade das mulheres: raça e gênero na etnografia de Ruth Landes. cadernos pagu 6/7, Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 1996, pp.153-200.
- PISCITELLI, Adriana. Histórias que as histórias de amor contam. In: COSTA, Albertina de Oliveira; BRUSCHINI, Cristina (org.). Rebeldia e Submissão. São Paulo, Vértice, 1989, v. 1, pp.121-143.
- PISCITELLI, Adriana. Jóias de Família, gênero e parentesco em histórias sobre grupos empresariais brasileiros. Rio de Janeiro, Editora UFRJ, 2006.
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Heloísa André Pontes foi sua primeira orientanda e Néstor Perlongher o segundo.
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https://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do , consultado em 4 de novembro de 2023.
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Esses projetos contaram com financiamentos diferentes, da Financiadora de estudos e projetos, talvez a antecessora do atual FAEPEX, fundo de apoio à pesquisa da Unicamp, da Fapesp e do CNPq. O primeiro desses projetos foi formulado apenas dois anos depois de Mariza ter finalizado um projeto com apoio da Fundação Ford (1979/1981) intitulado Imagens de Mulher.
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Viagens posteriores foram realizadas por ela a Londres, onde participou, convidada pela Fundação Ford, no International Meeting on Strategies to Address 'Crimes of Honour' , em 2002, e a Lisboa, em função de convites para participar em seminários e de um projeto internacional realizado pelo PAGU em colaboração em com a Universidade Livre de Lisboa.
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Esse grupo de trabalho, aliás, foi marcante nos estudos sobre raça e gênero no Brasil. Os textos apresentados foram publicados no dossier Raça e Gênero, dos cadernos pagu contando, entre as autoras, com a participação de Nilma Limo Gomes (1996)GOMES, Nilma Limo. Educação, raça e gênero: relações imersas na alteridade. cadernos pagu 6/7, Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 1996, pp.67-82. , pedagoga que posteriormente foi reitora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), em 2013 e, em 2015, foi nomeada pela presidente Dilma Rousseff para ocupar o novo Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, que uniu as secretarias de Políticas para Mulheres, Igualdade Racial, Direitos Humanos e parte das atribuições da Secretaria-Geral. Nessa reunião, Mariza Corrêa apresentou o texto “Sobre a invenção da mulata” (Corrêa, 1996).
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
15 Jan 2024 -
Data do Fascículo
Sep-Dec 2023