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Ferro dextrano em cordeiros anêmicos: efeitos na reticulocitose e produção de radicais livres

A anemia verminótica é a principal causa de perdas na ovinocultura, incluindo diminuição no ganho médio diário, demora no tempo de recuperação pós-tratamento e óbito. O objetivo deste trabalho foi avaliar o status oxidativo e a recuperação do quadro hematológico de cordeiros com anemia induzida por flebotomia e suplementados ou não com ferro dextrano. Foram utilizados dez cordeiros machos entre cinco e sete meses de idade. O dia zero do experimento foi considerado quando cada animal atingiu o hematócrito 15% após a indução da anemia, sendo alocado em um dos grupos experimentais. O grupo tratado recebeu uma dose única de 25mg-1 kg-1 de peso vivo de uma formulação comercial de ferro dextrano intramuscular e o grupo controle não foi tratado. As coletas de sangue foram feitas nos dias zero, 7, 14 e 21 pós-tratamento. Nos dias sete e 21, os animais do grupo tratado tiveram aumento nos valores de espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e diminuição nos valores dos grupamentos tióis não-protéicos (NPTH) nos dias 7, 14 e 21. No dia sete, o teste de fragilidade osmótica eritrocitária indicou um aumento na resistência da membrana dos eritrócitos dos animais do grupo tratado quando comparado aos animais do grupo controle. A recuperação da série vermelha do sangue (número de eritrócitos, hematócrito e hemoglobina) foi mais rápida no grupo tratado. A suplementação de ferro, apesar de aumentar o estresse oxidativo, acelerou a recuperação do quadro hemático, não aumentando a porcentagem de hemólise pela ação das espécies reativas de oxigênio sobre a membrana eritrocitária.

NPTH; TBARS; radicais livres; cordeiros; ferro


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