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Avaliação em queijos Minas frescal provenientes do Sudoeste de Minas Gerais da presença de fatores de virulência e resistência antimicrobiana em isolados de Escherichia coli

O queijo Minas frescal é um dos queijos mais populares no Brasil, ele é tipicamente manufaturado em pequenas fazendas de leite, em condições higiênicas insatisfatórias. Para verificar o risco envolvido no consumo deste queijo, marcadores de virulência foram investigados em 330 cepas de isoladas de 30 queijos Minas frescal, inspecionados pela agencia governamental oficial (SIF- serviço de inspeção federal), de 50 queijos não inspecionados pelo SIF e de 31 queijos não inspecionados pelo SIF e com condimentos adicionados. Todos eles foram coletados na região sudeste do Estado de Minas Gerais. As cepas de E. coli foram examinadas para a presença de genes codificadores de Shiga toxina (stx1 e stx 2), gene da intimina (eae) e também para a presença dos genes (pap, sfa, afa) relacionados com a adesão em células epiteliais. O único gene detectado por PCR foi sfa em um isolado. As cepas também foram examinadas para a resistência a nove fármacos antimicrobianos. As resistências predominantemente detectadas foram para cefalotina, tetraciclina e estreptomicina. A resistência a múltiplas drogas identificadas entre as cepas de E. coli, provenientes de queijo com SIF (16,6%), queijo sem SIF (8,0%) e queijo sem SIF com condimentos adicionados (30,0%), o que representa um motivo de preocupação, devido ao elevado consumo pela população Brasileira de queijos feitos de leite não pasterurizado.

Escherichia coli; queijo; STEC; ExPEC; resistência antimicrobiana; Minas frescal


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