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A sensibilidade das plantas de girassol (Helianthus annuus L.) à radiação UV-B é alterada pelo suprimento de nitrogênio

RESUMO:

Os efeitos da interação entre nitrogênio e a radiação UV-B foram estudados em plantas de girassol (Helianthus annuus L. variedade IAC-Iarama), cultivadas em casa de vegetação sob condições fotoperiódicas naturais. As plantas foram irradiadas com 0.8W m-2 (controle) ou 8.0W m-2 (+UV-B) durante 7h por dia. As plantas foram cultivadas em vasos contendo vermiculita e regadas com solução nutritiva de Long Ashton 70%, contendo baixa (42,3ppm) ou alta (282ppm) dose de nitrogênio na forma de nitrato de amônio. A alta dose de nitrogênio aumentou a matéria seca das folhas, caule e parte aérea, pigmentos fotossintéticos e a fotossíntese (A), sem alterar a condutância estomática (gs) ou transpiração (E), enquanto reduziu a concentração intercelular de CO2 (Ci) e o conteúdo de malondialdeído (MDA). A elevada radiação UV-B reduziu a produção de matéria seca, A, gs e E, sendo os efeitos mais acentuados sob alta dose de nitrogênio, enquanto aumentou Ci sob alta dose de nitrogênio. A atividade da PG-POD foi reduzida sob alta radiação UV-B e baixo nitrogênio, mas não foi alterada sob alta dose de nitrogênio. A radiação UV-B aumentou o conteúdo de MDA independente do nitrogênio. Os resultados indicam que os efeitos da radiação UV-B em plantas de girassol são dependentes da disponibilidade de nitrogênio sendo que a alta dose de nitrogênio torna seus processos fisiológicos mais sensíveis à radiação UV-B.

Palavras-chave:
antioxidantes; crescimento; malondialdeído; peroxidação; fotossíntese

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