Os diferentes tipos de produtores familiares de leite, moderno convencionaL, em transição e tradicional, desenvolvem em suas unidades produtivas atividades diversificadas, o que lhes têm garantido a permanência na atividade, apesar da baixa remuneração da sua principal matéria-prima, o leite. A utilização de diferentes tipologias possibilitou a análise e avaliação de unidades produtivas envolvidas neste estudo, com o objetivo de identificar diferenças no padrão tecnológico, inserção no mercado, organização sistêmica da propriedade, identificação com a racionalidade de produção entre os diferentes tipos, dentro do mesmo estrato de produtores. A metodologia utilizada baseou-se na revisão de bibliografia, aplicação de questionário semi-estruturado e análise das variáveis que correspondem à problemática proposta. O produtor que está passando do tipo tradicional para o tipo moderno convencional, aqui denominado. Em transição, corresponde a 55% dos entrevistados, e é um produtor de faixa etária média de 35 anos, que vem realizando investimentos em máquinas e equipamentos de forma coletiva, fez investimentos em infra-estrutura na última década, diferentemente do tipo Moderno que investiu na atividade na década de 80 e do tipo Tradicional que não o fez. As principais conclusões produzidas por esta pesquisa são as de que a diversificação das atividades, presente em todos os tipos estudados, confere aos produtores de leite no Rio Grande do Sul, a permanência na atividade e as transformações tecnológicas e de mercado os desafiaram a fazerem investimentos, na última década, a fim de aumentarem a produtividade e qualidade do leite, observação que pode ser confirmada pelo elevado número de produtores entrevistados classificados como do tipo em transição.
agricultura familiar; produção familiar de leite; sanidade animal; unidade de produção familiar