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Suscetibilidade do milho à estiagem na floração: uma nova alternativa para superar o problema

Entre as gramíneas de importância econômica, o milho é a que apresenta maior susceptibilidade à estiagem no florescimento. A seca estimula um comportamento protândrico da planta, o qual aumenta a duração do subperíodo antese-espigamento. Como o milho tem um período de floração curto e definido, e o pólen permanece viável por um intervalo reduzido, cada dia de defasagem entre antese e espigamento se reflete numa redução da fertilização e aumento da esterilidade. O objetivo desta revisão é o de apresentar um ideotipo de milho concebido para superar este problema. Pretende-se com este modelo biológico reduzir a suscetibilidade da planta ao déficit hídrico, através de uma série de alterações anatômicas e morfológicas, entre as quais podem ser citadas: transferência do local de produção de grãos da axila de uma folha para o ápice da planta; condensação dos entrenós superiores do colmo; redução da estatura de planta e número de folhas produzidas. Encontrou-se variabilidade genética para todas as características desejadas. Os caracteres propostos também foram expressos num único fenótipo. Por outro lado, algumas características indesejáveis, tais como falta de vigor e suscetibilidade a doenças, também estiveram associadas aos mutantes mais promissores, indicando que os mesmos necessitam ser incrementados para que um fenótipo, agronomicamente aceitável, possa ser produzido e comparado às cultivares de milho disponíveis, em termos de adaptação a ambientes quentes e secos.

Zea mays; deficiência hídrica; ideotipo


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