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Construção de uma escala de mobilidade do cão

RESUMO:

Este estudo teve como objetivos construir e avaliar as caraterísticas psicométricas de uma escala de mobilidade para cães. O questionário, constituído inicialmente por dez questões, foi submetido a um processo de validação, recorrendo à redução do número de questões. Cento e vinte e três donos de cão foram convidados a responder ao questionário. Foram estudados a consistência interna, a análise fatorial, os efeitos teto e chão e a validade de construto do instrumento. Foi encontrada uma boa consistência interna (Cronbach's Alpha=0.854) com a eliminação de dois itens. O questionário/escala final ficou composto por oito questões, cada qual com cinco respostas possíveis (nunca, raramente, às vezes, frequentemente e sempre) pontuadas entre zero e quatro ou entre quatro e zero (para os itens com pontuação inversa). Três hipóteses propostas para a validade de construto foram verificadas: 1) o gênero não influencia a mobilidade (P=0.584); 2) a mobilidade declina com o envelhecimento (P<0.001); 3) cães com patologia ortopédica ou neurológica diagnosticada apresentam menor mobilidade (median score (P25; P75) 46.9% (31.3; 68.8)) do que cães saudáveis (median score (P25; P75) 81.3% (71.9; 93.8)) (P<0.001). A escala final resulta numa pontuação de 0 a 32 pontos em que maior pontuação corresponde à maior mobilidade. A Escala de Mobilidade do Cão avaliou, com boas caraterísticas psicométricas, a mobilidade de um grupo díspar de cães, revelando-se simples e econômica na sua aplicação na prática clínica.

Palavras-chave:
Canina; metodologia psicométrica; mobilidade; questionário; validação

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