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Respostas de estresse de matrinxã (Brycon amazonicus) juvenil após transporte em sistema fechado sob diferentes densidades de carga

Neste estudo, foram investigadas as densidades de carga adequadas para transporte de matrinxãs juvenis em sistema fechado com sacos plásticos. O transporte de 4h foi feito com peixes (23,5±0,4g; 11,6 (0,08cm) em jejum por 24h, em densidades de 83g L-1 (D1), 125g L-1 (D2), 168g L-1 (D3) e 206g L-1 (D4). Os peixes foram amostrados antes do transporte (AT), logo após o transporte (chegada) (DT) e 24h depois. A qualidade da água foi monitorada antes da captura dos peixes nos tanques de depuração, após o transporte nos sacos plásticos e nos tanques de recuperação. O oxigênio da água diminuiu para valores inferiores a 4mg L-1 em D2, D3 e D4, a temperatura esteve em torno de 32°C, pH 6,5-6,78, a amônia total foi de 1,09-1,7mg L-1, a amônia não-ionizada foi de 3,58-9,33 x 10³mg L-1 e alcalinidade 134-165mg CaCO3 L-1. O cortisol plasmático e a glicose sanguínea aumentaram após o transporte nos peixes em todas as densidades ensaiadas, voltando aos valores controle 24h depois. Os valores de osmolaridade não mudaram logo após o transporte, mas aumentaram 24h depois de modo igual em todas as densidades. O cloreto plasmático diminuiu na chegada, de modo inversamente proporcional à densidade de carga. O hematócrito diminuiu 24h depois da chegada dos peixes, em todas as densidades testadas, mas não houve diferença no número de eritrócitos. Não houve mortalidade até uma semana após o transporte. O matrinxã mostrou ser uma espécie tolerante a altas densidades de carga em embalagens para transporte além de suportar baixos níveis de oxigênio na água.

estresse; densidade; transporte; qualidade da água; Brycon amazonicus


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