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Três protocolos para produção in vivo de embriões em ovelhas Santa Inês

RESUMO:

Ainda não há consenso sobre qual é o protocolo mais apropriado para a produção in vivo de embriões em ovinos, apesar do crescente conhecimento. Uma abordagem para mitigar a variabilidade de resposta de ovelhas à superovulação (SOV) é iniciar a aplicação de gonadotrofinas em uma condição ovariana favorável. O presente estudo comparou três tratamentos em delineamento do tipo crossover: protocolo de SOV tradicional (TRAD) e “Dia 0” D0 SOV sem (D0-GnRH) ou com GnRH (D0+GnRH). Quinze ovelhas Santa Inês foram superovuladas com 200 mg de FSH em seis doses decrescentes e receberam PGF2α na quinta dose de FSH. As ovelhas foram submetidas a monta natural com carneiros férteis e os embriões colhidos por via cirúrgica. O número de embriões viáveis não diferiu entre os tratamentos (TRAD = 6,0 ± 4,7; D0-GnRH = 3,8 ± 6,4; D0+GnRH = 7,5 ± 6,5). Independentemente do tratamento, ovelhas com folículos ≤ 4 mm na primeira dose de FSH produziram mais embriões viáveis (9,6 ± 6,0; P < 0.05) quando comparadas aos animais que apresentavam folículos > 4 mm no início da SOV (2,9 ± 3,1 embriões viáveis). Os grupos TRAD e D0+GnRH apresentaram menor número de animais com folículos grandes (> 4 mm), no momento da primeira dose de FSH, quando comparados ao grupo D0-GnRH (P < 0,05). Em conclusão, os protocolos TRAD e D0+GnRH induziram uma condição ovariana mais favorável (folículos ≤ 4 mm) para a SOV. No entanto, os três tratamentos apresentaram eficiência semelhante em ovelhas Santa Inês.

Palavras-chave:
protocolo dia 0; ovinos; população folicular; GnRH; MOTE

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